Mundo Helicóptero do presidente da Argentina faz pouso de emergência

O pouso ocorreu em uma área privada entre a cidade de Mar del Plata  e Chapadmalal, onde Macri deve passar o final de semana prolongado, já que na segunda-feira (20) é feriado na Argentina. O presidente havia chegado de avião ao aeroporto de Mar del Plata, onde embarcou no helicóptero para um breve trajeto até Chapadmalal.

Os fortes ventos obrigaram o piloto a realizar o pouso de emergência diante da possibilidade de perder o controle da aeronave, revelou a agência de notícias. O presidente concluiu o trajeto de carro, ao lado da mulher, Juliana Awada, e da filha do casal, de 6 anos.

Pesquisa

A primeira pesquisa de opinião pública depois das eleições legislativas realizadas no dia 22 de outubro mostra um aumento na aprovação de Macri, que aparece com 58% de imagem positiva. No pleito, a aliança do mandatário (Mudemos) aumentou o seu número de postos no Congresso, apesar de não obter maioria.

“Os próximos 12 meses serão decisivos para Macri porque os fatores que o mantêm em alta estarão colocados à prova”, afirmou Juan Germano, diretor do instituto Isonomía, um dos mais confiáveis da Argentina. Isso se reflete nos números da pesquisa. Apesar da alta aprovação, Macri não está cumprindo as expectativas para 22% dos eleitores. Para outros 44%, não está cumprindo porque precisa de mais tempo. Para completar o quadro, 60% dos entrevistados creem que os problemas da Argentina hoje estão ainda relacionados à herança da gestão kirchnerista e não a falhas do presidente.

“A herança do governo anterior como justificativa para a demora da arrancada econômica serviu ao governo nesses últimos dois anos e a pesquisa mostra que as pessoas ainda têm paciência para esperar um pouco mais para que as coisas melhorem de fato. Mas o governo precisa dar respostas nos próximos meses”, explicou Germano.

“É como se as pessoas tivessem comprado um drone, que não sabem bem porque não funciona, mas acham que é preciso tempo para aprender a maneja-lo, ou seja, não estão inteiramente satisfeitas, mas não acham que já seja o caso de comprar um novo, ou seja, apostar em outra força política”, disse.

Os números indicam que o governo ultrapassou o seu momento mais difícil – os meses entre abril e agosto de 2016 –, quando a inflação subiu (chegou a 40%). Agora, ela vem baixando sutilmente, com alguns repiques. A pesquisa aponta que a maioria dos argentinos acredita na retomada econômica: 55% creem que o país vai estar melhor em um ano, 10% que estará igual, e 28% que vai piorar.