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Brasil Henrique Meirelles, o candidato do partido de Michel Temer à Presidência da República, deve exibir em sua propaganda eleitoral os elogios que recebeu de Lula

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Meirelles diz que Bolsonaro vive crise de negação ao minimizar pandemia de coronavírus. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Se o ex-ministro Henrique Meirelles, candidato do MDB ao Palácio do Planalto, não consegue sair da faixa de 1% nas pesquisas de intenção de voto, por outro lado ele será o terceiro candidato com maior tempo de exposição no rádio e na TV durante o horário eleitoral dos presidenciáveis, a partir deste sábado.

No programa que o candidato do partido do presidente Michel Temer levará ao ar, com cerca de dois minutos de duração, as referências ficarão reservadas a outro ocupante do Palácio do Planalto: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem Meirelles foi presidente do Banco Central entre 2003 e 2010.

“Eu precisava de alguém competente no Banco Central” e “Devo muito a Meirelles e tenho muito respeito a esse companheiro” são duas frases extraídas de discursos antigos de Lula e inseridos na peça do postulante do MDB.

Definindo-se como uma espécie de serviço “disque-crise” sempre que o Brasil precisa resolver uma situação difícil, o ex-ministro tenta surfar na popularidade do líder petista, primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, mesmo estando inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Meirelles também quer “vender o seu peixe” como uma alternativa à polarização política no País.

“O mundo, para mim, não se divide entre quem gosta do Lula de um lado e quem não gosta. E nem entre quem gosta do presidente Temer e quem não gosta. Para mim, divide-se entre quem trabalha quando o Brasil precisa e quem não trabalha”.

Temer

Renegado pelo candidato de seu próprio partido ao Planalto, Temer considera “inevitável” que Meirelles leve para a sua campanha o período em que foi ministro da Fazenda da atual gestão federal.

Em entrevista a uma rádio de Pernambuco nesta semana, o chefe do Executivo também garantiu que não se sente incomodado com o fato de Meirelles “escondê-lo” na propaganda eleitoral e destacar Lula, inclusive com imagens do petista.

“Nem respondo se ele vai ou não”, declarou Temer. “Eu digo que é inevitável. Afinal, ele foi escolhido por mim como titular da Fazenda e, com o meu beneplácito, montou uma grande equipe econômica. Meirelles não tem como dizer que não participou de meu governo.”

“Aliás, ele tem dito, embora se exiba bastante com a história de que foi presidente do Banco Central no tempo do Lula e isso é verdade. Fez um belíssimo trabalho, mas agora também deve colocar que foi ministro da Fazenda”, prosseguiu.

Temer é o presidente com o maior índice de rejeição da história do País. Ele tem apenas 4% de aprovação popular. Já Lula, mesmo preso em Curitiba (PR) por ter sido condenado na Operação Lava-Jato (por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guaraju), tem liderado as pesquisas de intenção de voto. Por isso, candidatos ao Planalto tem preferido mostrar ao eleitor que estão mais próximos ao petista.

Durante a entrevista, no entanto, Temer deu “indiretas” e reclamou que foi alvo de uma campanha contra ele e o seu governo, principalmente com o foco no aspecto moral, e que isso teria assustado as pessoas:

“Então, nós temos que ter, digamos assim, a ousadia de ficar um pouco acima dos acontecimentos. Você não pode se envolver com esses acontecimentos menores desde que você tenha a sua consciência tranquila e saiba o que você fez no passado e o que fez no presente”.

Questionado se o seu candidato é, efetivamente, o ex-ministro, Temer respondeu positivamente mas destacou que não irá fazer campanha para Meirelles porque, como presidente da República, está impedido legalmente de manifestar esse tipo de apoio.

Ao ser indagado se votará em Meirelles “mesmo se o candidato não quisesse o seu apoio”, Temer riu e disse que se o ex-ministro falar isso, ele consultaria os apresentadores do programa. Ele afirmou, ainda, que integrantes de outras campanhas à Presidência têm dito que irão promover as reformas que ele tentou emplacar em seu governo, como a da Previdência:

“Recentemente, o senhor Paulo Guedes, que é o orientador da campanha de Jair Bolsonaro [PSL], prometeu continuar fazendo o que eu estou fazendo. Ou seja, é inevitável que isso aconteça. Ainda ontem, o candidato João Amoêdo [Novo] falou a mesma coisa. Eles estão confirmando algo que eu tenho dito muito: mantenham o otimismo e não se preocupem, porque as reformas continuarão”.

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