Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2015
Herpes ocular é uma infecção no olho causada pelo vírus do herpes simples (HSV) do tipo 1, o mesmo que é responsável pelo herpes labial. Diferente do vírus tipo 2 (causador do herpes genital) e do vírus do herpes zóster, ele pode ser transmitido pelo contato direto (com gotículas de saliva ou da secreção nasal) e com o conteúdo líquido das lesões no lábio e na face de um portador da infecção.
Em geral, as principais manifestações da doença são unilaterais, isto é, aparecem apenas em um dos olhos. Elas podem incidir na pálpebra, sob a forma de pequenas vesículas que, depois de duas semanas secam e criam crostas; na conjuntiva, com sintomas semelhantes aos da conjuntivite provocada por outros vírus, bactérias ou fungos; e na córnea (ceratite herpética), a mais grave, porque pode provocar uma inflamação recorrente e a formação de úlceras e de cicatrizes que podem levar à perda progressiva da visão, se a doença não for tratada a tempo.
Fatores de risco
A maior parte das pessoas já foi infectada pelo vírus do herpes que se instala na raiz nervosa e ali permanece latente, silencioso. Nessa primeira infecção, raramente aparecem as manifestações clínicas da doença. No entanto, elas podem surgir com a exposição a certos fatores de risco, tais como: viroses, baixa de imunidade, exposição excessiva ao sol, febre, traumas, distúrbios odontológicos e pós-cirúrgicos, estresse físico e emocional, aids.
Sintomas
Os sintomas característicos do herpes ocular são olho vermelho e lacrimejante, dor ocular, visão turva, ardência, fotofobia, edema, sensação de corpo estranho nos olhos.
Diagnóstico
O diagnóstico do herpes ocular causado pelo vírus do herpes tipo 1 leva em conta os sintomas e sinais da doença. É fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial com o herpes zóster, que apresenta sintomas semelhantes, mas é provocado pelo vírus da varicela (catapora).
Tratamento
O tratamento deve ser estabelecido considerando o aspecto, o local e a extensão das lesões. A maioria dos pacientes responde bem ao uso de medicamentos antivirais por via oral ou sob a forma de colírios ou pomadas. Quanto mais depressa começar o tratamento, melhor será o prognóstico. Não se pode descartar, porém, a ocorrência de novas crises, já que o vírus do herpes simples permanecerá latente para sempre no organismo da pessoa infectada.
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