A histerectomia é uma cirurgia que envolve a remoção do útero, total ou parcialmente. Essa cirurgia pode ser indicada para tratar diversas condições médicas que afetam o útero.
Segundo Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, a retirada do útero é indicada quando outras alternativas, como tratamentos medicamentosos, por exemplo, não se mostraram eficientes.
As principais razões para realizar uma histerectomia incluem:
Miomas uterinos: tumores benignos que podem causar sangramento excessivo, dor pélvica e pressão na bexiga ou intestino.
Endometriose: crescimento de tecido endometrial fora do útero, causando dor pélvica crônica e infertilidade.
Câncer: câncer do útero, colo do útero ou ovários, que podem exigir a remoção do útero como parte do tratamento.
Sangramento uterino anormal: sangramento excessivo ou irregular que não responde a outros tratamentos.
Prolapso uterino: descida do útero para a vagina, causando desconforto e problemas urinários.
Doença inflamatória pélvica (DIP): infecção que pode causar danos às trompas de Falópio e ao útero, levando à dor crônica e infertilidade.
Principais métodos cirúrgicos
De acordo com o Rossi, existem diferentes tipos de histerectomia, cada uma com suas particularidades e indicações.
“A escolha do método cirúrgico dependerá da condição médica da paciente e da extensão da doença”.
Histerectomia abdominal: é a cirurgia mais comum, realizada através de uma incisão no abdômen. Permite a remoção de todo o útero e de outros órgãos, se necessário.
Histerectomia laparoscópica: É realizada através de pequenas incisões no abdômen, com o auxílio de um laparoscópio (instrumento com câmera). Permite uma visão ampliada da área cirúrgica e menor trauma para a paciente.
Histerectomia robótica: É uma técnica minimamente invasiva que utiliza um sistema robótico para realizar a cirurgia. Oferece maior precisão e menor perda de sangue.
Histerectomia vaginal: O útero é removido através da vagina, resultando em menor incisão e menor tempo de recuperação.
“A decisão de realizar a cirurgia e a escolha da via de acesso devem ser tomadas em conjunto entre médico e paciente, levando em consideração riscos e benefícios”, explica o obstetra.