Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de novembro de 2021
Incêndio em rua de Haia, durante protesto contra medidas de restrição e lockdown na Holanda, na noite de 20 de novembro.
Foto: ReproduçãoA polícia holandesa informou, neste domingo (21), que 19 pessoas foram detidas, após uma segunda noite de protestos violentos contra as últimas medidas sanitárias implementadas pelo governo para conter a pandemia da Covid-19.
Em Haia, vários policiais da tropa de choque investiram contra grupos de manifestantes que atiravam pedras e outros objetos nos agentes em um bairro popular. De acordo com um comunicado divulgado pela polícia da capital, foi usado um canhão d’água para apagar um incêndio de bicicletas em um movimentado cruzamento de ruas.
Durante os confrontos, os policiais do Batalhão de Choque tiraram uma mulher de um carro, cujos ocupantes haviam gritado insultos contra as forças da ordem, e levaram-na para uma caminhonete, observou um jornalista da AFP.
Um dia antes, a violência na cidade portuária de Rotterdam teve um balanço de 51 detidos e três pessoas baleadas.
Também houve atos violentos em Urk, uma pequena cidade protestante localizada no centro do país, e em várias cidades da província de Limburg, ao sul.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou há uma semana a reintrodução de um lockdown parcial junto com uma série de restrições sanitárias, especialmente no setor de restaurantes, para impedir a propagação de Covid-19. Os bares e restaurantes devem fechar às 20h, pelo menos até 4 de dezembro.
Protesto também na Áustria
Também no sábado, milhares de manifestantes se reuniram em Viena para protestar contra o novo lockdown nacional anunciado pelo governo para conter o avanço da Covid-19.
A Áustria se tornou o primeiro país do continente europeu a reinstaurar um confinamento nacional. A medida vale a partir da próxima segunda-feira (22) e ocorre dias depois de o governo austríaco ter imposto um confinamento aos não vacinados.
Protestos também foram registrados na Croácia e Itália.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está “muito preocupada” com o aumento de casos de Covid-19 na Europa, que vive uma nova onda de infecções pelo coronavírus. Em entrevista à BBC, Hans Kluge, diretor regional da OMS, disse que 500 mil novas mortes podem ocorrer até março, se medidas urgentes não forem adotadas.