A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte e a secretaria de saúde de Natal confirmaram nesta quarta-feira (1º) a segunda morte por coronavírus no Estado — a primeira na capital. O gastrólogo Matheus Aciole tinha 23 anos e morreu na terça-feira (31), sete dias após o surgimento dos sintomas e ter dado entrada em um hospital privado.
Matheus é a vítima mais jovem a morrer em decorrência da doença no Brasil. Antes dele, o advogado Maurício Kazuhiro Suzuki, 26, era o mais novo.
O gastrólogo (especialista em gastronomia) tinha quadro de obesidade, o que pode ter agravado a infecção pelo Sars-CoV-2. A primeira vez que ele buscou um médico foi no dia 24 de março.
Ele se manteve isolado até o dia 27, quando procurou novamente o hospital e somente então pode realizar o teste para a Covid-19. A confirmação da infecção pela doença aconteceu na noite de terça, o mesmo dia de sua morte.
Grupos de risco e morte de jovens
Segundo a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, alguns grupos e faixas da população são mais suscetíveis ou vulneráveis à Covid-19. Dentro desses grupos, são incluídas pessoas com mais de 60 anos, diabéticos, hipertensos, quem tem insuficiência renal crônica, doença respiratória crônica ou cardiovascular.
Nos últimos dias, no entanto, chamou a atenção a morte de pessoas jovens sem confirmação de comorbidades, as doenças relacionadas que predispõem o paciente a desenvolver um caso grave.
Em São Paulo, Mauricio Suzuki, um jovem de 26 anos que praticava corrida e chegou a correr maratona, morreu no último sábado (28) após ser infectado.
A família informou que ele fazia tratamento para regular o nível de ácido úrico no sangue, mas que isso não foi considerado doença pré-existente. A Secretaria de Saúde não divulgou informação sobre doença prévia.
Em Rio Bonito, região metropolitana do Rio de Janeiro, uma mulher de 32 anos teve a morte confirmada na segunda (30). A família negou que ela tivesse alguma comorbidade, o que estava sendo analisado pela Secretaria de Saúde. As informações são do jornal Folha de S.Paulo e do portal de notícias G1.