Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2022
Um homem de 22 anos atirou contra o muro de um templo evangélico uma hora antes de o local realizar um culto com a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da ex-ministra de Bolsonaro e senadora eleita, Damares Alves (Republicanos). O caso foi registrado na noite de sexta-feira (14) em Fortaleza (CE).
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, ninguém se feriu. O autor dos disparos foi detido e o revólver apreendido.
Michelle comentou o incidente em postagem nas redes sociais. Sem provas ou menção a qualquer nome, ironizou o caso, afirmando que “esse é o lado que prega o amor, a tolerância e a pacificação”:
“O meliante desrespeitou a instituição religiosa, colocando em risco a integridade física das pessoas que estavam próximas à igreja em risco”, postou a primeira-dama.
O homem, sem antecedentes criminais, informou ser vigilante e optou por se manter calado durante depoimento aos agentes. Ele foi autuado por disparo de arma-de-fogo e liberado após pagar fiança. As investigações prosseguem.
Michelle e Damares participaram de eventos de campanhas em igrejas na Praia de Iracema e no Bairro Sapiranga. Bolsonaro cumpre neste sábado agenda na capital cearense, em um comício no Polo de Lazer, acompanhado de políticos locais.
Motivação política é descartada
Neste sábado (15),o secretário estadual da Segurança do Ceará, Sandro Caron, declarou à imprensa não haver indícios de que o atirador tenha agido por motivação política. Também descartou que o homem seja membro de grupo criminoso.
O titular da pasta se referia a um declaração feita por Jair Bolsonaro, sem provas, de que o autor dos disparos é vinculado a facção. Candidato à reeleição, o presidente da República cumpriu agenda de campanha em Fortaleza ao longo do dia, incluindo um comício. Antes, ele esteve em Teresina (PI).
Bolsonaro estava acompanhado de André Fernandes e Carmelo Neto, que foram os mais votados no Ceará entre os candidatos a deputado federal e estadual, respectivamente. O policial militar Capitão Wagner, candidato derrotado ao governo do Estado e que apoia Bolsonaro no segundo turno, também estava presente.
Além Wagner, outros políticos ligados às polícias do estado estiveram presente, como os policiais Delegado Cavalcante e Sargento Reginauro, dois dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro no Ceará. Reginauro foi eleito deputado federal, e Cavalcante, que disputou o mesmo cargo, não foi eleito.
Esta também foi a segunda viagem de Bolsonaro ao Nordeste desde o último dia 5, quando relacionou a vitória do ex-presidente Lula na região no primeiro turno ao analfabetismo de parte da população. Na última quinta-feira (13), o candidato à reeleição participou de agendas em Recife (PE).
A agenda no Nordeste faz parte de um plano de Bolsonaro para tentar reverter a derrota sofrida na Região no primeiro turno: no Ceará ele teve 25,38% dos votos, contra 65,91% do ex-presidente Lula – o mais votado em todos municípios cearenses.
No primeiro turno, Lula venceu nos nove Estados do Nordeste, e a declaração de Bolsonaro repercutiu negativamente. Diante da repercussão, o candidato à reeleição disse que não quis atacar os nordestinos.