Sexta-feira, 08 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2024
O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas o homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Foto: ReproduçãoUm tiroteio deixou um homem morto e outras pessoas feridas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por volta das 16h desta sexta-feira (8). A ação ocorreu na entrada do Terminal 2. A polícia investiga o caso como execução – queima de arquivo.
O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas o homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Os tiros de um fuzil 765 partiram de um Gol preto, que foi encontrado em uma comunidade. Também houve um outro tiroteio próximo de um hotel nas imediações do aeroporto.
Informações iniciais indicam que a vítima assassinada no aeroporto é o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que era um delator do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Ele estaria entregando uma série de esquemas de lavagem de dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital). Os feridos seriam seguranças de Gritzbach. Antônio Gritzbach esteve preso até 7 de junho de 2023, quando ganhou liberdade condicional e passou a usar tornozeleira eletrônica.
Ele também teria mandado matar dois integrantes do PCC. Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, foram mortos em 27 de dezembro de 2021. O Ministério Público diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.
Gritzbach prestou depoimentos ao MP nos últimos seis meses, sendo o último há 15 dias. Ele era réu por lavagem de dinheiro de mais de R$ 30 milhões proveniente do tráfico. A maior parte dessas operações de lavagem era feita com a compra e venda de imóveis e de postos de gasolina. Ele entregou vários esquemas, deu várias pistas de ilícitos cometidos e ainda ficou de entregar muito mais.
Ainda segundo as investigações, Vinicius chegou a ter influência grande em células do PCC, tendo participado inclusive de tribunal do crime, quando se avalia se um integrante deve ou não ser assassinado por deslealdade à facção.
Em março deste ano, Gritzbach assinou um acordo de colaboração premiada com o MPSP. Entregou supostos esquemas do PCC e também denunciou esquemas de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo.
Como o crime foi na área externa do aeroporto, a Polícia Civil é responsável pela investigação, não a Polícia Federal. Com isso, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e a DEATUR investigam as circunstâncias de um homicídio ocorrido na tarde desta sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos.