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Homem é preso após tentar embarcar com explosivo em aeroporto dos Estados Unidos

O dispositivo foi detectado em verificação de rotina da bagagem de porão. (Foto: FBI/Reprodução de vídeo)

Um homem de 40 anos foi preso nesta semana pelo Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) depois de tentar carregar explosivos em uma mala que despachou para um voo doméstico no Aeroporto Internacional de Lehigh Valley, na Pensilvânia, informaram as autoridades americanas.

O explosivo foi descoberto há uma semana pelos agentes da Transportation Security Administration (TSA) depois que a bagagem do homem disparou um alarme no aeroporto. “O dispositivo foi detectado durante uma verificação de rotina da bagagem de porão”, disse a TSA em um comunicado.

O suspeito, identificado como Mark Muffley, planejava pegar um avião para Orlando, na Flórida, mas deixou o aeroporto após ser chamado pelo escritório de segurança. Horas depois, ainda na segunda-feira, ele foi preso em sua casa.

Durante a inspeção no aeroporto, os agentes encontraram dentro da mala um objeto circular de 7 centímetros de diâmetro escondido no forro. Ao examinar o dispositivo, os policiais determinaram que se tratava de um explosivo em pó, semelhante ao usado em fogos de artifício, de acordo com a denúncia judicial. O objeto tinha dois tipos de pavio acoplados, um para agir em curto e outro para fazê-lo de forma retardada.

Também na bagagem havia butano (tipo de gás combustível), um isqueiro, duas tomadas elétricas coladas, uma furadeira sem fio e um tubo com resíduo de pó branco, disse o FBI.

Agora, o americano, que continua preso, enfrenta duas acusações de tentativa de contrabandear explosivos para um avião, o que pode levar a uma pena de pelo menos 10 anos de prisão.

FBI irrita a China

O diretor do FBI, Christopher Wray, irritou a diplomacia da China ao afirmar que o novo coronavírus “provavelmente” surgiu a partir de um incidente em um laboratório de Wuhan. A afirmação do diretor foi feita durante uma entrevista à emissora Fox News, em um momento em que o tema que voltou ao centro da política americana, com líderes do Partido Republicano na Câmara pedindo a revisão da resposta do governo à pandemia e agendando uma audiência para investigar as origens do vírus para a próxima semana.

“O FBI há algum tempo avalia que as origens da pandemia são provavelmente um possível incidente em um laboratório em Wuhan”, disse Wray à emissora norte-americana, completando: “O governo chinês, parece-me, tem feito o possível para tentar frustrar e ofuscar o trabalho aqui, o trabalho que estamos fazendo, e isso é lamentável para todos”.

A declaração de Wray segue a linha de um relatório do Departamento de Energia dos EUA, que mudou recentemente seu posicionamento sobre a origem da pandemia de covid-19 e afirmou que o coronavírus se espalhou provavelmente a partir de um vazamento acidental do laboratório de Wuhan. O relatório, mencionado pela primeira vez pelo The Wall Street Journal, não foi divulgado publicamente, e as autoridades em Washington enfatizaram que as agências dos EUA não chegaram a uma conclusão definitiva sobre a origem do vírus.

Entre as nove entidades que investigam a origem da pandemia, a maioria ainda defende a teoria de que o vírus se espalhou naturalmente de animais para humanos. Apenas o FBI concluiu que a causa da pandemia foi um acidente de laboratório, conforme noticiou o The Washington Post.

Mas o relatório foi suficiente para galvanizar os congressistas republicanos, muitos dos quais prometeram aumentar a supervisão sobre o assunto e argumentaram que as autoridades chinesas podem ter encoberto o incidente.

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