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Homens morrem mais que as mulheres no Brasil em todas as faixas etárias

Morrem 100 mulheres para cada 119,6 homens mortos no País. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Homens brasileiros morrem mais do que as mulheres, em todas as faixas etárias ao longo da vida. É o que indicam os dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022 e divulgados nessa sexta-feira (25). O cenário só se inverte no grupo com idades entre 80 e 84 anos, quando a parcela feminina da população é consideravelmente maior do que a masculina.

A maior discrepância acontece dos 15 aos 34 anos. Neste intervalo, os óbitos entre homens são bem mais numerosos que entre as mulheres, por conta das chamadas “causas externas”: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e outras motivações violentas.

O cenário mais desigual se concentra no grupo etário dos 20 aos 24 anos, quando há uma diferença de significativa na letalidade por sexo. Nesta fase, são 371 óbitos de homens a cada 100 mortes de mulheres. Desta forma, a sobremortalidade entre o gênero masculino é 3,7 vezes maior.

Entre agosto de 2021 a julho de 2022, o Brasil registrou pouco mais de 1,3 milhão de óbitos. Deste total, 722.225 (54,5%) eram do sexo masculino, enquanto 603.913 (45,5%) do feminino.

Não foram considerados para a análise divulgada os dados colhidos de agosto de 2020 a julho de 2021 e agosto de 2019 a julho de 2020. Segundo o IBGE, ocorrências mais antigas tendem a ficar mais imprecisas. “Quanto mais atrás a gente vai, menos informação vou ter sobre aquele grupo de óbitos”, afirma Izabel Marri, gerente de estudos e análises da dinâmica demográfica do IBGE. Ela também aponta a impossibilidade de registrar óbitos nos casos de domicílios com apenas uma pessoa.

Por região

Entre as regiões, o Norte tem a maior razões de sexo na distribuição dos óbitos, com 138,5 homens mortos para casa 100 mulheres mortas. Na sequência aparece o Centro-Oeste, com 129,6. O indicador nacional é de 119,6, e a menor razão está no Sudeste, com 113,9.

Já entre estados e o Distrito Federal, o Tocantins lidera o ranking de estados com maior sobremortalidade masculina, com 150 óbitos masculinos para 100 óbitos femininos (1,5 vezes superior). Na sequência, aparecem outras duas localidades do Norte do país: Rondônia (1,48) e Roraima (1,47). Na quarta posição, está Mato Grosso (1,42), o único que não faz parte da região. Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36) completam a lista. Todos os sete superam a média nacional (1,20).

Por outro lado, as menores razões se deram, respectivamente, no Rio de Janeiro (1,05), Pernambuco (1,12) e Rio Grande do Sul (1,14).

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