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Brasil Horário de verão: a estreia com Getúlio Vargas e as idas e vindas em 90 anos

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Instituída em 1931, mudança de horário só passou a ser adotada de forma constante a partir de 1985. (Foto: Reprodução)

O Brasil está em seu quarto ano consecutivo sem horário de verão. Antes mesmo de tomar posse, o presidente Jair Bolsonaro (PL) avisara que acabaria com a medida em seu primeiro ano no governo. Agora, porém, com a recente eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Palácio do Planalto, os fãs do adiantamento dos ponteiros já se animam com um possível retorno, ano que vem. O próprio político publicou uma enquete informal no Twitter perguntando quem é a favor e quem é contra.

Mas esta não é a primeira vez que o Brasil fica sem o horário de verão. Criado por um decreto de Getúlio Vargas, a medida “estreou” no país no dia 3 de outubro de 1931. A partir de então, a mudança nos relógios esteve presente com interrupções até 1968, quando, já durante a ditadura militar, o então presidente da República, marechal Artur da Costa e Silva, suspendeu “de vez” o adiantamento dos ponteiros, o que só voltou a ocorrer em 1985, com o fim do regime autoritário.

A partir de 1985, o horário de verão foi adotado anualmente em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, até 2019, primeiro ano de Bolsonaro no Palácio do Planalto. Aqueles 34 anos foram o maior período de adoção da mudança sem interrupção. Por isso, muita gente estranhou quando o governo decidiu não mais avançar os ponteiros em uma hora de outubro até fevereiro.

Segundo então o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, estudos mostram que o horário de verão não tem relevância no que diz respeito à economia de energia. Assim sendo, a discussão fica no campo da subjetividade: Quem acorda de madrugada para trabalhar não gosta porque é obrigado a levantar da cama muito antes do amanhecer. Já quem defende a medida exalta o ganho de qualidade de vida por sair do trabalho, lá pelas 18h, ainda sob a luz do dia.

A primeira adoção do horário de verão pegou muita gente de surpresa, em grande parte porque, no decreto de Getúlio Vargas, o ajuste dos ponteiros foi marcado para ocorrer às 11h do dia 3 de outubro de 1931. Ou seja, em pleno horário comercial, quando as pessoas estavam em meio a seus afazeres diários. A partir de 1932, o horário de verão começaria a ser adotado sempre à meia-noite.

Suspenso em 1933, o adiantamento dos ponteiros voltou a ocorrer de 1949 a 1953 e de 1963 até 1968, quando Costa e Silva colocou um fim no ajuste dos relógios. Em novembro de 1973, ainda durante o regime militar, o horário especial voltou a ser cogitado, mas a ideia não foi adiante.

Em 8 de outubro de 1980, a medida foi mais uma vez avaliada, mas a Comissão Nacional de Energia não aprovou a mudança, que só voltaria mesmo em 1985, ao fim da ditadura militar, meses após José Sarney tomar posse como presidente da República, com a morte de Tancredo Neves.

Naquele ano, o horário de verão foi adotado em todo o território nacional. A partir de 1988, a Região Norte ficou de fora. No decreto de 1990, os estados do Nordeste e o Mato Grosso também não foram incluídos. Houve variações, com entradas e saídas de estados, até se chegar ao último modelo, abrangendo as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

No dia 25 de abril de 2019, o presidente Bolsonaro assinou um decreto que revogou o horário diferenciado, alegando que a economia de energia obtida é relativamente baixa, em comparação com o desgaste na saúde gerado pela alteração (estudos mostram que parte das pessoas têm dificuldade para se adaptar à mudança, o que afeta o padrão de sono e pode trazer complicações cardíacas). Além disso, o governo se respaldou em pesquisas de opinião pública mostrando que a maioria das pessoas no país aprovava o fim do ajuste anual nos relógios.

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https://www.osul.com.br/horario-de-verao-a-estreia-com-getulio-vargas-e-as-idas-e-vindas-em-90-anos/ Horário de verão: a estreia com Getúlio Vargas e as idas e vindas em 90 anos 2022-11-11
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