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Empresas aéreas cobram definição do governo e pedem 180 dias para o horário de verão entrar em vigor

Para o setor, as empresas precisariam de um prazo mínimo de 180 dias para adaptar as malhas aéreas. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

As companhias aéreas cobram do governo federal uma definição sobre o horário de verão, na tentativa de evitar maiores transtornos aos passageiros. Em nota conjunta divulgada nessa terça-feira (25), as entidades representativas da aviação civil alertaram para o impacto da medida de forma repentina para os voos, principalmente na alta temporada e durante as festas do final de ano.

Para o setor, as empresas precisariam de um prazo mínimo de 180 dias para adaptar as malhas aéreas.

“As empresas aéreas precisam de um prazo mínimo de 180 dias entre o decreto de estabelecimento do horário de verão e o efetivo início da mudança do horário”, diz a nota assinada pela a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB).

Segundo turno

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que uma decisão seria tomada em dez dias. A expectativa é que o horário de verão entre em vigor depois do segundo turno das eleições, no final de outubro, o governo decida pela medida, defendida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Segundo a nota, o anúncio do horário de verão “de forma tempestiva e sem prazo suficiente pode ter impactos substanciais para os passageiros e comprometer a conectividade do país”.

O texto cita que o horário de verão exigirá das empresas alterações de horários em cidades brasileiras e internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília. Como consequência, haverá mudanças na hora de saída e de chegada dos voos, podendo gerar perda do embarque pelos clientes por apresentação tardia.

Na nota, o setor alerta ainda sobre impactos nos custos das empresas, em caso de perda de slots (horário de pouso e decolagem) nos aeroportos mais movimentados.

“A falta de comunicação prévia para que as empresas aéreas ajustem os horários de voos e conexões, cuidadosamente definidos e já em comercialização desde o início do ano, pode resultar em grandes transtornos para a sociedade, especialmente durante a temporada de verão e festas de final de ano.” As informações são do jornal O Globo.

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