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Hospitais e postos de saúde de Porto Alegre também enfrentaram transtornos devido ao temporal

A exemplo de outras instituições de saúde, HPS teve alagamento e falta de luz. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

A devastação causada pelo temporal de terça-feira (16) à noite também afetou em Porto Alegre uma área essencial: os serviços de saúde. Hospitais públicos e particulares, bem como postos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tiveram que restringir atividades, por causa de alagamentos, destelhamentos e falta de luz, água, telefone ou internet. Até as 15h, mais de 80 unidades da rede haviam encerrado o expediente.

Além disso, os 16 postos que atendem até as 22h precisaram fechar as portas às 19h, medida adotada também em relação à Farmácia Distrital do bairro Restinga (Zona Sul). A SMS realiza um levantamento dos danos em cada local, a fim de organizar a situação e adotar as devidas estratégias, caso a caso. No site prefeitura.poa.br/sms está disponível um link com a lista de endereços e seus respectivos funcionamentos nas próximas horas.

As atividades da unidade móvel de saúde foram suspensas. O veículo não estará nos bairros Humaitá e Anchieta (ambos na Zona Norte), respectivamente nesta quinta (18) e sexta-feira. Uma nova programação será divulgada em breve pela SMS. Já o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) funcionava e pode ser acionado normalmente pelo telefone 192.

Setor privado

Instituições de perfil particular do setor também registram medidas de contingência junto ao poder público. Dos hospitais da capital gaúcha, o mais afetado foi o São Lucas da PUCRS (Zona Leste), onde ocorreram avarias como o destelhamento em três andares, além de alagamentos na ala de emergência e no Centro Diagnóstico por Imagem.

De acordo com a SMS, no final da tarde permaneciam inoperantes 32 leitos com atendimento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O número abrangia 30 leitos clínicos e dois em unidade de terapia intensiva (UTI).

Em função do volume de água, o Hospital de Pronto Socorro (HPS), na confluência dos bairros Santana, Farroupilha e Bom Fim, foi afetado pelo transbordo da rede de esgoto, gerando alagamentos na emergência e também no 5º andar. O prédio precisou do acionamento de um gerador para suprir a falta de luz, mas não houve risco aos pacientes.

A ventania da noite de terça-feira também deixou vidros quebrados e pontos de alagamento do auditório do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, no bairro Independência. “Apesar dos estragos, a parte assistencial não foi prejudicada”, garante a prefeitura.

Instituto de Cardiologia (ICFUC), Hospitais Vila Nova e Santa Casa, Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS) e Pronto Atendimento em Saúde Mental (PESM) do IAPI também registravam pontos de alagamento e uso de equipamentos suplementares de energia. Em alguns desses endereços os problemas se somaram ao desbastecimento de água.

(Marcello Campos)

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