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Hospital americano é processado por funcionários que não querem se vacinar contra o coronavírus

O pedido havia sido oficialmente encaminhado no dia 18 de junho. (Foto: EBC)

Mais de 100 funcionários de um dos hospitais mais importantes do Texas, nos Estados Unidos, processaram seu empregador, que está determinado a agir contra os colaboradores que não se vacinaram contra a Covid-19.

O grupo hospitalar Houston Methodist havia dado aos funcionários um prazo até terça-feira (08) para se vacinarem. Os 117 demandantes consideram essa exigência ilegal, alegando que as vacinas foram aprovadas por autoridades dos Estados Unidos para uso emergencial. “Não somos contra a vacina, apenas queremos ficar mais confortáveis e contar com mais pesquisas antes de nos imunizarmos”, explicou a enfermeira Jennifer Bridges semanas atrás.

Vencido o prazo, o hospital informou em nota interna que os funcionários serão suspensos, ficando sem pagamento, e demitidos caso insistam em desacatar a ordem.

Em uma rede social, Jennifer pediu à população que expresse apoio à sua causa, em seu último dia de trabalho no campus de Baytown, perto de Houston. Dezenas de pessoas foram até o local no fim da tarde, entre elas Kerry Richard, 40. “Eu era enfermeira e também perdi o emprego por ser fiel às minhas convicções e não usar máscara ou viseira”, comentou.

“Estamos orgulhosos de informar que quase 100% dos nossos 26.000 funcionários tomaram a decisão correta, com a missão sagrada de proteger nossos pacientes”, expressou o Houston Methodist em comunicado. “É uma pena que o passo desta segunda-feira para tornar o Houston Methodist o hospital mais seguro do país tenha sido ofuscado por alguns funcionários descontentes.”

Houston é uma das capitais mundiais da medicina, graças ao Texas Medical Center, distrito da cidade que concentra hospitais e universidades. Mais de 106.000 pessoas trabalham no local, que atende cerca de 10 milhões de pacientes por ano.

Nos Estados Unidos, 52% da população recebeu ao menos uma dose de vacina contra a Covid-19. Paradoxalmente, um estudo de dezembro passado realizado pela Kaiser Family Foundation com 1.676 adultos indicou que 29% dos que trabalham no setor médico não desejavam ou não iriam se vacinar.

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