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Hospital vai pagar transferência de brasileira que passou 60 dias internada com botulismo em Aspen, mas a família ainda deve R$ 2,5 milhões em internação

Intercambista brasileira, Cláudia de Albuquerque Celada contraiu bactéria rara que paralisa o corpo nos EUA. (Foto: Reprodução)

O hospital onde Claudia de Albuquerque Celada, de 23 anos, está internada com botulismo, em Aspen, no Colorado, Estados Unidos, decidiu custear com a ambulância aérea da garota de volta para o Brasil. A informação foi divulgada pela irmã da brasileira, Luisa. Até então, a família realizava uma vaquinha para arrecadar fundos a fim de pagar a transferência. O dinheiro agora será revertido para quitar a dívida com a internação, que, após 60 dias, pode estar em torno de R$ 2,5 milhões.

Cacau, como é chamada, estava em um intercâmbio. Ela foi internada no dia 17 de fevereiro de 2024, e diagnosticada com botulismo, uma doença grave com potência neuroparalítica para o corpo humano, após contrair uma bactéria rara.

“Para a conta do hospital não aumentar, a gente começou a trabalhar com a possibilidade de ela ser transferida via ambulância aérea para o Brasil. Ela ainda não tinha liberação para isso, todas as equipes médicas já haviam liberado menos o pneumologista. Mas ontem (dia 15), ele liberou ela para ser transferida. Nós só precisamos acertar todos os detalhes da ambulância para levá-la”, afirma a irmã da intercambista, a também estudante Luisa Albuquerque Celada, de 28 anos.

De acordo com Luisa, o hospital mesmo resolveu custear a viagem. Em vídeo publicado no Instagram, na última terça-feira, ela afirma que a assistente social, que atende o caso, disse à família que a instituição tenta diminuir os gastos da viagem fazendo com que os profissionais a façam voluntariamente.

“O hospital decidiu arcar com os custos dessa transferência aérea. Para eles, vai sair mais barato levá-la para o Brasil do que manter por mais três, quatro ou seis meses que seja, enquanto não pode respirar completamente sem a ajuda dos aparelhos.”

Para pagar a ambulância aérea, a família precisava de ao menos US$ 200 mil – o equivalente a pouco mais de R$ 1 milhão. Com o objetivo de levantar o valor, uma vaquinha havia sido lançada. Os parentes também realizaram outras ações com o mesmo fim.

Agora, Luisa diz que o valor será revertido para pagar a dívida com o hospital. Cada diária na instituição onde a estudante está, custa aproximadamente US$ 10 mil, de acordo com consultas feitas pela família. Após exatos 60 dias, o valor pode ultrapassar US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,5 milhões na atual cotação).

“Achamos que a recuperação perto da família e dos amigos é muito mais rápida”, afirmou Luisa. As informações são do jornal O Globo.

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