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Ibaneis acha que Mandetta pegou “vírus da mídia”

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), admirava o trabalho desenvolvido pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta “na fase pré-coronavírus”, quando reestruturava o atendimento básico de saúde, “mas com a chegada da crise, ele acabou pegando um vírus, talvez o vírus da mídia ou o vírus da política e aí poluiu um pouco o seu trabalho”, lamentou. Para Ibaneis, Mandetta demorou demais a sair.

Ex-ministro se perdeu
Crítico de Mandetta na gestão da pandemia, o governador acha que o ex-ministro se perdeu, apesar do bom trabalho que vinha fazendo.

Todos saem perdendo
Em sua opinião, Mandetta sai perdendo nessa crise, “mas perde também o presidente Jair Bolsonaro, pela demora na definição do problema.”

Primeira impressão
O governador do DF teve uma primeira impressão positiva de Nelson Teich, novo ministro. “Ele tem tudo para nos ajudar a sair dessa crise.”

Diálogo necessário
Ibaneis pediu ao presidente Bolsonaro que recomende ao novo ministro que converse com os governadores. “Precisamos sair juntos dessa crise”

Vídeo mostra que ex-ministro era um marqueteiro
Para quem divergia publicamente de Jair Bolsonaro, com malcriações que faziam a alegria dos opositores do presidente, Luiz Henrique Mandetta mostrou na saída do cargo que, como ministro da Saúde, foi apenas um marqueteiro: na quinta (16) à noite, um pouco antes de deixar o ministério, ele confraternizou com assessores, com distanciamento zero e abraços apertados, exatamente como criticava em Bolsonaro. No escondidinho do ministério, onde reinou por 15 meses, a máscara caiu.

Proteção inexistente
Não há cuidados contra o Covid-19, no vídeo da festinha de Mandetta, cuja gestão “comeu mosca” na compra de máscaras, por exemplo.

Só faça o que digo
O esperto ex-deputado do DEM-MS deixou o ministério da Saúde fazendo lembrar o velho adágio: “faça o que digo, não o que eu faço”.

Tudo mudou
Agora, “escanteado” da cena política, Luiz Mandetta ficará longe dos holofotes. A eleição de 2022 está muito distante.

Engajamento
As cenas de Mandetta confraternizando em sala apertada do Ministério da Saúde, abraçando assessores, todos sem máscaras, e até cantando, foram vistas por vários repórteres. Mas ninguém divulgou a presepada.

Acertou na veia
Em artigo recente, o agora ministro Nelson Teich disse que o problema da polarização entre saúde e economia “é desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas”.

Faltam informações
Nelson Teich afirmou antes de virar ministro que distanciamento social “é a melhor estratégia no momento”. Para ele, faltam informações completas do comportamento, morbidade e letalidade da Covid-19.

Na Bahia, seria preso
Na Bahia, o governo do petista Rui Costa determinou que pessoas que estiverem na rua sem equipamentos de proteção individual (EPI), como máscara e luvas, sejam presas. Luiz Mandetta, na Bahia, seria preso.

Vírus e petróleo
No início do impacto do coronavírus na economia, umas das principais preocupações era o petróleo. De lá para cá, o tema foi esquecido por quase todos, mas não pela Petrobras, que realizou “coletiva-live” para tratar de ações contra o vírus e o “choque de preços do petróleo”.

Atenção aos caminhoneiros
Segundo o ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura), com a ajuda do Sest/Senat foram realizados mais de 220 mil atendimentos, a maioria de caminhoneiros, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Dinheiro não falta
Esta segunda marca o Dia do Holocausto, para lembrar vítimas dos nazistas e mártires da II Guerra. A homenagem do Congresso vai se limitar a projeção luminosa. Parece feita apenas “por obrigação”.

Combate
O Comando Conjunto Sul, por intermédio do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda do Exército desinfetou as ruas perto da Policlínica Militar de Porto Alegre para combater a proliferação do coronavírus.

Pensando bem…
… se somar Bolsonaro a Mandetta e dividir por dois der Nelson Teich, terá sido uma boa troca.

PODER SEM PUDOR

Hora de bajular
Nunes Freire era deputado estadual no Maranhão, no dia 1º de abril de 1964, quando apresentou uma moção de apoio às Forças Armadas. As notícias sobre o êxito do golpe ainda eram confusas, e os deputados engavetaram a moção. Dez dias depois, consolidado o golpe militar, retiraram-na da gaveta. Foi a vez de Nunes Freire se manifestar: “No dia 1º, essa moção era uma tomada de posição. Hoje, com a vitória do movimento militar, é uma ridícula bajulação. Sou o autor, retiro-a.” Os outros deputados ficaram com a cara no chão.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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