Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2024
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) decidiu devolver imóveis alugados no Rio de Janeiro, mirando a redução de custos com a locação de “unidades alugadas a peso de ouro”, que permaneceram parcialmente ociosas após o regime de trabalho remoto implementado no órgão durante a pandemia de covid. A informação foi publicada no domingo (9), pelo presidente do instituto, Marcio Pochmann, em uma rede social.
Servidores já estariam sendo deslocados para o trabalho presencial de escritórios no centro da capital fluminense para a unidade do IBGE de Parada de Lucas, na Avenida Brasil, na zona norte da capital.
Pochmann diz que sua gestão está resgatando o complexo de Parada de Lucas, situado ao lado da favela de mesmo nome.
“O IBGE de Parada de Lucas é um símbolo da glória e do desmonte do Estado brasileiro. O que antes foi a maior gráfica da América Latina, oficina de grandes Censos, hoje é um complexo com a maioria das suas edificações fechadas, por descaso, esvaziamento de funções e falta de manutenção. Estamos falando de mais de 82 mil metros quadrados, sendo 28 mil em edificações”, criticou Pochmann no X, antigo Twitter. “Uma área que precisa de uma conexão com seu entorno, por meios das comunidades locais e suas necessidades.”
“Além de receber servidores de diretorias técnicas, que estão migrando do centro do Rio, pois se encontravam trabalhando em unidades alugadas a peso de ouro, em espaços que após a pandemia, com a chegada do trabalho remoto integral, não são usadas em sua integralidade”, acrescentou.
“Estamos devolvendo estes espaços alugados, comprometidos com a diminuição de custos desnecessários”, declarou.
O presidente do IBGE informou que o complexo concentrará toda a produção gráfica do IBGE até o mês de setembro, com “máquinas modernas e nova logística”. O plano também inclui a criação de uma escola gráfica no próximo ano, voltada para jovens da comunidade vizinha ao espaço.
Indicativo de greve
O ASSIBGE (Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE) informou que os funcionários do instituto decidiram aprovar um indicativo de greve. A paralisação está prevista para começar em 1º de julho.
A decisão foi realizada durante a Reunião de Direção Nacional dos trabalhadores do IBGE, realizada na semana passada. O indicativo de greve será levado para aprovação nas assembleias locais dos 22 Estados e do Distrito Federal que estiveram de acordo.
Segundo o sindicato, a contraproposta do governo ignora “toda uma discussão construída ao longo dos últimos 10 anos”, oferecendo um reajuste salarial de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, valor abaixo do pedido.