Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2024
Na máxima do dia, a B3 chegou a 136.330 pontos.
Foto: Agência BrasilO Ibovespa principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, operou em baixa na manhã desta terça-feira (20), mas passou a subir e, no fechamento, atingiu um novo recorde histórico, batendo os 136.087 pontos. Na máxima do dia, chegou a 136.330 pontos. Nessa segunda, o Ibovespa, registrou seu recorde histórico de fechamento, aos 135.778 pontos, e zerou as perdas acumuladas em 2024.
Já o dólar subiu 1,35%, cotado a R$ 5,4846. Com o resultado, a moeda americana acumulou alta de 0,31% na semana; recuo de 3% no mês; e alta de 13,03% no ano. No dia anterior, a moeda americana teve queda de 1,03%, cotada em R$ 5,4114.
Investidores continuam atentos e otimistas com o cenário de juros nos Estados Unidos. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) inicie os cortes na taxa de juros americana, o que beneficia os investimentos em bolsa.
Nas últimas semanas, os mercados em todo o mundo estão animados. O clima continua positivo enquanto dois acontecimentos dos próximos dias podem trazer ainda mais clareza sobre quais serão os próximos passos do Fed em relação aos juros nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (21), a instituição divulga a ata de sua última reunião, que traz mais informações sobre o que os dirigentes estão observando e pensando sobre a economia — e se devem realmente cortar as taxas.
Na sexta (23), os investidores estarão atentos ao discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole. Lá, ele deve compartilhar uma visão mais detalhada que o Fed tem sobre os dados da economia dos EUA, que também influenciam na decisão de juros prevista para setembro.
No cenário interno, investidores repercutem falas de autoridades. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, discursaram em uma convenção do banco BTG Pactual. As declarações de Campos Neto, em especial, colaboraram com o avanço do dólar.
“Ele disse que a elevação da Selic em setembro é uma possibilidade, mas não um compromisso do Copom com a alta dos juros, que já estava precificada pelo mercado”, diz.
A questão fiscal segue no centro das atenções, enquanto o mercado tem dúvidas sobre a capacidade do governo arcar com suas contas em 2024.
Para tranquilizar essas percepções, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, afirmou nessa segunda que a área econômica do governo tem todas as ferramentas necessárias para cumprir a meta fiscal de 2024 de déficit zero (ou seja, quando o valor das despesas não supera o das receitas) e que vai propor “em breve” que todos os setores do governo revisem suas despesas com políticas públicas.
“A gente está com todos os instrumentos para cumprir a meta. Obviamente que dentro de um cenário de risco que não tenha nenhum risco muito fora da curva ou inesperado”, disse.
O secretário citou as enchentes no Rio Grande do Sul e seus efeitos como um exemplo de choque imprevisível, mas disse que a pasta não enxerga riscos de mesma magnitude no cenário atual.