O Ibovespa fechou em queda de 0,89% nesta segunda-feira (22), aos 110.500 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira recuou, mas teve desempenho melhor do que os seus pares norte-americanos. O dólar encerrou o dia vendido a R$ 5,1670, em queda de 0,01%.
A Bolsa de São Paulo havia fechado a última semana em queda de 2,04%, a 111.496 pontos, acumulando baixa de 1,12% na semana. Com o resultado de hoje, o Ibovespa tem alta de 7,11% no mês, e de 5,42% no ano.
O dólar fechou a última semana em queda de 0,08%, a R$ 5,1675. Com o resultado, acumulou alta de 1,87% na semana. No acumulado do mês, recua 0,14% no mês. No ano, tem desvalorização de 7,32% frente ao real.
Wall Street encerrou o dia em queda expressiva com investidores preocupados com uma reunião do Federal Reserve no final desta semana. A expectativa é de que banco central dos Estados Unidos reforce seu forte compromisso em conter a inflação. Em Nova Iorque, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 1,90%, 2,13% e 2,55%.
No último mês, as bolsas tiveram bom desempenho, com expectativas de inflação em queda e o mercado avaliando os passos do Fed, que sinalizou para altas mais suaves dos juros. Para a estrategista de ações da XP, Jennie Li, também contribuiu uma temporada de resultados corporativos menos negativos do que o esperado.
“No Brasil, quase 70% das empresas bateram as expectativas de EBITDA, um número melhor do que as temporadas passadas. A receita veio um pouco mais fraca, e os lucros foram impactados pela alta de juros. Em geral, veio uma temporada melhor do que se temia”, diz.
Euro
Na abertura do mercado europeu, o euro voltou a ser negociado abaixo de US$ 1 por alguns minutos. A economia do continente sofre principalmente com o aumento dos preços da energia.
A moeda americana se fortaleceu após a sinalização de vários diretores do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de aumento da taxa de juros para conter a inflação.
Participantes do mercado tendem a reforçar a busca por dólares quando o banco central dos EUA oferece sinalizações mais duras sobre seu combate à inflação, e, no sentido oposto, costumam migrar para ativos mais arriscados após comunicações mais brandas.
Investidores não tiram as atenções também da China, que voltou a cortar taxas de juros. Estudo do Goldman Sachs mostra que o real é a moeda mais sensível a quedas nas expectativas para o crescimento econômico chinês e nos preços das commodities.