Ícone do site Jornal O Sul

Ibovespa renova máxima histórica; dólar sobe a R$ 5,55

O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,42%, aos 137.343,96 pontos. (Foto: B3/Divulgação)

Após quedas no começo do dia, o Ibovespa renovou a máxima histórica acima dos 137 mil pontos nesta quarta-feira (28), depois da indicação de Gabriel Galípolo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Banco Central (BC). O dólar subiu quase 1% acompanhando o embalo positivo da notícia, divulgada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta tarde.

O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,42%, aos 137.343,96 pontos, marcando novo recorde histórico. Na última sessão, o principal índice da bolsa brasileira chegou a atingir o patamar dos 137 mil pontos, mas nos últimos minutos encerrou a sessão em queda de 0,08%, aos 136.775 pontos.

Atualmente, Galípolo é diretor de Política Monetária na autarquia. A transição de mandatos será feita após a sabatina e aprovação do Senado. A sessão também foi marcada pela expectativa dos mercados globais com os resultados da Nvidia. Uma decepção em relação ao balanço da Nvidia poderia fazer os investidores perderem o otimismo com as ações de tecnologia, que têm fomentado os ganhos em mercados acionários neste ano, em meio ao desenvolvimento acelerado da inteligência artificial.

Também prevaleceu o debate sobre o tamanho do afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) em sua próxima reunião de setembro, com operadores apostando em um corte de 25 pontos-base nos juros, contra chances menores de uma redução de 50 pontos-base.

O dólar também fechou no campo positivo, subindo 0,98%, cotado a R$ 5,556 na venda. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 1,76%. No cenário nacional, agentes financeiros acompanharam pela manhã comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento. Em discurso, ele reforçou que a autarquia fará o que for necessário para atingir sua meta de inflação.

Estava no radar ainda uma coletiva de imprensa com a equipe econômica do governo sobre o processo de revisão de gastos, com a presença do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, à medida que o Executivo tenta alcançar a meta de déficit primário zero para este ano.

Neste início de tarde, a curva de juros brasileira avançava novamente, precificando 78% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic em setembro e 22% de chance de elevação de 25 pontos-base.

Cenário internacional
O confronto entre Israel e o grupo libanês Hezbollah no fim de semana levantou preocupações sobre uma escalada das tensões regionais, impulsionando uma busca por ativos seguros nesta semana e, consequentemente, prejudicando os pares da divisa norte-americana. O principal evento da semana será a divulgação do índice PCE de julho — indicador preferido de inflação do Fed —, que fornecerá sinais sobre a trajetória dos preços nos Estados Unidos.

Os mercados também seguem discutindo o início do afrouxamento monetário no banco central dos EUA em setembro, com as apostas mostrando uma chance de 65% de um corte de 25 pontos-base nos juros e uma probabilidade de 35% de uma redução maior de 50 pontos-base.

Quanto mais o Fed cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atraente quando os rendimentos dos Treasuries recuam.

O desempenho dos preços das commodities nesta sessão traziam sinais ruins para países exportadores de matérias-primas como o Brasil, com os preços do petróleo devolvendo ganhos acumulados com os temores pelo fornecimento em meio às tensões no Oriente Médio, e os contratos futuros de minério de ferro recuando.

 

Sair da versão mobile