Com base no exame de impressões digitais, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificou a adolescente Júlia Tavares Silva, de 15 anos, como a vítima de um atropelamento fatal ocorrido na manhã de segunda-feira (7) na avenida João Pessoa, em Porto Alegre. A análise papiloscópica foi necessária porque ela não portava documentos.
Os pais da garota já foram chamados a prestar depoimento à Polícia Civil. Dentre os aspectos a serem esclarecidos estão as circunstâncias do acidente e o que ela fazia sozinha no local e apenas com pertences pessoais. A apuração do caso também contará com imagens de câmeras do entorno.
Por volta das 8h, Júlia estava na calçada lateral do Parque da Redenção, quando tentou cruzar a pista em direção a uma parada no corredor de ônibus (imediações da rua Luiz Afonso, bairro Cidade Baixa). Um automóvel Volkswagen Gol que trafegava em direção ao Centro Histórico acabou atingindo a adolescente, que morreu no local.
O motorista, de 36 anos, parou para prestar socorro, em vão. Em depoimento, ele relatou que a garota surgiu correndo e sem olhar par os lados, de modo que não houve tempo sequer para frear ou mesmo desviar o carro. Ele garantiu, ainda, que o sinal estava verde para veículos.
De acordo com a Polícia Civil, ele está com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) regular. Também não havia traços de álcool em seu sangue. O caso prossegue sob investigação.
Segundo caso em quatro meses
Na mesma área, porém na faixa inversa, um outro acidente desse tipo havia ocorrido menos de quatro meses antes, no início da manhã de 14 de junho, uma sexta-feira. A vítima foi um homem.
Ele costumava receber atendimento em um Centro de Apoio Psicossocial (Caps) na rua José Bonifácio – a mesma que recebe aos domingos o Brique da Redenção. Ao cruzar um trecho sem faixa de segurança no corredor de ônibus da João Pessoa, foi atingido por um coletivo.
(Marcello Campos)