A convite do Governo federal, o Instituto Gaúcho do Leite (IGL) está representando a cadeia produtiva leiteira do Estado durante o Seminário Nacional . O evento é realizado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) com foco na Portaria 265, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece condições para promover equivalência das agroindústrias de derivados de leite de pequeno porte ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). A atividade, que está ocorrendo nesta quinta-feira (11) conta com as presenças do consultor técnico do IGL, Osmar Redin e do diretor do IGL, Marcelo Roelser. O encontro também conta com representantes da Fetag, Fetraf e Famurs, também associados ao IGL
Os representantes do IGL ainda tem agenda relativa ao tema na sexta-feira (12), em reunião com técnicos do Departamento de Defesa Agropecuária (Dipoa), do Mapa. O instituto participa de ambas reuniões procurando contribuir com o tema da normativa, que até 15 de fevereiro segue em consulta pública.
Uma das propostas que o IGL fará à normativa é que o enquadramento das agroindústrias familiares abrangidas suba do parâmetro de processamento de 2 mil litros/dia para 10 mil litros/dia, para que o pequeno empreendedor compense os custos adicionais com uma escala um pouco maior de produção. Há, igualmente, o entendimento de que os investimentos necessários em novas instalações ou adequações fiquem dentro de uma realidade que não vá aumentar demasiadamente os custos de produção.
Conforme Redin, a proposta de normativa detalha os materiais e o tipo de instalação. “Vamos tentar reduzir essas exigências, pois elas não garantem qualidade e inocuidade do produto”, avalia o consultor técnico do IGL.
O IGL também vai contrapor a exigência, neste momento, de rastreabilidade na recepção do leite, fabricação dos produtos e expedição para o mercado, o que, segundo Redin, nem as grandes fábricas praticam.
“A normativa está aí e vamos procurar contribuir com seu aprimoramento. É importante que seja realista e especialize as agroindústrias familiares”, pondera o diretor executivo do IGL, Ardêmio Heineck.
Atualmente no Rio Grande do Sul conta com cerca de 8 mil produtores de leite que transformam toda a produção em derivados lácteos. São agroindústrias familiares que já atendem a nichos de mercado específicos, algumas ainda informais. Some-se as agroindústrias familiares de lácteos formais e se apresenta um contingente de grande expressão econômica e social para o Estado.