Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobon (PSDB) fez uma revelação surpreendente, durante entrevista para um balanço de fim de ano com o jornalista Renato Oliveira, na Radio Guarathan daquela cidade. Pozzobon revelou que reuniu todos os imigrantes que ocupam as calçadas do Centro da cidade, vendendo produtos oriundos do contrabando e do descaminho, e em parceria com empresários locais, propôs emprego para todos, na forma da lei. Caso contrário, a fiscalização passaria a apreender todo material irregular. A resposta dos imigrantes: preferiam continuar vendendo material ilegal pois mesmo com as apreensões, ainda assim “vale a pena”.
Matando a galinha dos ovos de ouro
Rigorosa, como precisa ser, a Fatma, Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina divulga relatório indicando o que todos os frequentadores das praias de Florianópolis, especialmente no litoral Norte já sabem: a balneabilidade nas praias no Estado está severamente comprometida pelo lançamento de esgoto in natura. Em algumas praias, é desnecessário o relatório: os dejetos sólidos são visíveis boiando nas praias catarinenses. A irresponsabilidade criminosa de prefeitos, liberando empreendimentos gigantescos sem a contrapartida do tratamento de água e esgoto, está matando a galinha dos ovos de ouro .
Marchezan faz o que precisa ser feito
Mandou bem o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), ao formalizar o pedido de apoio do Exército e da Força Nacional para atuarem no dia do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Federal Regional da 4ª Região, na capital gaúcha, previsto para 24 de janeiro. Como vêm sendo anunciados atos declaradamente de enfrentamento e desacato às instituições por várias entidades que cultuam a imagem do ex-presidente, condenado em primeira instância, a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, é mais que prudente a iniciativa do prefeito.
Generosidade da CGU
Generosa, a Controladoria Geral da União preferiu chamar de “pagamentos indevidos” as fraudes escandalosas descobertas em 345.906 cadastros do Bolsa Família. As auditagens começaram a ser feitas há cerca de um ano e causam prejuízos de R$ 1,3 bilhão. O Rio Grande do Sul, que possui 403.155 beneficiados, cadastrados no Bolsa Família, contribuiu com 14.133 casos de fraude.
Quase 14 milhões de famílias
Chama a atenção o fato de que hoje no Brasil, segundo a Controladoria Geral da União, existem 13,903 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família em todo o país. Trata-se, sem dúvida, do maior programa mundial de compra de votos.
Auxilio vestimenta para deputados
Todo cuidado, porque a moda pode pegar por aqui: um projeto de lei aprovado no apagar das luzes de 2017 pela Assembléia Legislativa do Amapá , com tramitação recorde de oito dias úteis, cria um “subsídio natalino”, a ser pago em dezembro em valor igual ao salário, além de um auxílio vestimenta, sem valor definido. Esse último seria pago em fevereiro para custear despesas com a “confecção e manutenção de vestuário condigno com o exercício do mandato”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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