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Colunistas Impacto da inteligência artificial nas eleições argentinas: uma advertência urgente para o Brasil

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O uso massivo de inteligência artificial (IA) durante as eleições argentinas levanta sérias preocupações sobre a integridade do processo democrático. A disseminação de deepfakes e outras ferramentas baseadas em IA tem potencialmente minado a confiança dos eleitores e colocado em risco a legitimidade das eleições. O recente COMPOL, realizado em Belo Horizonte, reuniu profissionais da comunicação política e eleitoral, reunidos durante o anuncio da criação do Instituto Brasileiro para a Regulamentação da Inteligência Artificial (IRIA). Este instituto tem como objetivo ser um observatório atento à utilização da IA no cenário político brasileiro, fornecendo subsídios para regulamentações éticas e transparentes.

A preocupação manifestada no COMPOL é um alerta claro sobre os desafios iminentes que o Brasil pode enfrentar durante suas eleições. A sociedade e os parlamentares precisam reagir com prontidão diante desse prenúncio e formar uma força-tarefa conjunta composta por diversas entidades, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Congresso Nacional, o Ministério Público Eleitoral, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e diversos setores sociais.

Esta força-tarefa deve ter como objetivo principal a elaboração rápida de políticas e regulamentações que protejam o processo eleitoral da influência nociva da IA, especialmente no que diz respeito à disseminação de deepfakes. É fundamental estabelecer diretrizes claras para garantir a transparência na comunicação política, assegurando que os eleitores recebam informações verídicas para embasar suas escolhas.

O tempo urge, e a formação desta força-tarefa é uma necessidade imperativa para salvaguardar a integridade das eleições brasileiras. A falta de ação diante dessa advertência pode resultar em danos irreversíveis à credibilidade do processo eleitoral e, consequentemente, à própria essência da democracia. A urgência em agir é essencial para preservar a legitimidade e a confiança dos cidadãos no sistema democrático do país.

 

Marcelo Senise – Socio Fundador da Comunica 360º, Sociólogo e Marketeiro, atua a 34 anos na área política e eleitoral, especialista em comportamento humano, em informação e contrainformação, precursor do sistema de analise em sistemas emergentes, Big Data e Inteligência Artificial.

Twitter: @SeniseBSB

 

 

 

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