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Impeachment é robusto, mas chances são pequenas

(Foto: Divulgação)

O impeachment de Alexandre de Moraes, protocolado ontem, foi definido como “robusto” e mobiliza a oposição, mas os senadores admitem a missão quase impossível de fazer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, abrir o processo. Logo ele, que deixará a política para voltar a advogar junto aos tribunais superiores. Muitos torcem pelo impeachment como forma de dar uma chance à pacificação do País. “Se ele faz o que faz agora, imagine na presidência do tribunal”, adverte ministro do STJ.

Nuvens carregadas
Com o revezamento previsto, Moraes será vice-presidente de Edson Fachin a partir de 2025 e assumirá a presidência do STF em 2027.

Plano de longo prazo
Se Pacheco e nem seu provável sucessor Davi Alcolumbre autorizarem o processo, resta eleger uma maioria conservadora no Senado, em 2026.

Olha a saia justa
Pela lei, impeachment de ministro terá sessão presidida no Senado pelo chefe do próprio STF. É o desdobramento que a oposição quer evitar.

Janela em 2027
A avaliação na oposição é que a “chance do pedido” está nos seis meses entre a posse do novo Senado e posse de Moraes à frente do STF.

Risadas no churrasco de Lula foram de nervoso
Não tiveram conotação de deboche as risadas de ministros do STF e do governo, que compareceram ao churrasco oferecido pelo presidente Lula (PT) ao politburo, sábado (7). “Eles riram de nervoso”, contaram à coluna dois dos presentes, contrariando versões, digamos, convenientes. Estavam meio acabrunhados com a falta de povo no desfile de Brasília e já sabiam que a Avenida Paulista estava pintada de verde e amarelo, quando Lula lembrou as iminentes “homenagens” a Alexandre Moraes.

Clima de tensão
As risadas de nervosismo com o lembrete de Lula apenas refletiam a tensão com informações sobre a multidão se concentrando na Paulista.

Comparação
A preocupação política de Lula era com a inevitável comparação das arquibancadas vazias de Brasília com a Paulista cheia de gente.

Operação Disfarça
“Gênios” do PT plantaram relatos de “despreocupação” de Lula e ministros, na mídia amiga, com aquilo que, na verdade, os apavorava.

Uma lógica de poder
Obedecem uma lógica petista de poder os 920 casos de assédio sexual no primeiro ano do atual governo Lula registrados só em 2023, segundo dados da Controladoria Geral da União citados pelo jornal O Globo.

Esquerda que assedia
A maioria esquerdista que ocupa cargos de confiança, no governo Lula, são os principais acusados de assédio sexual, usando cargo de chefia para obter favores sexuais. Já são 557 só de janeiro a agosto de 2024.

Oferta de empregos
A fabricante de carros elétricos Tesla, de Elon Musk, oferece trabalho remoto, em qualquer parte do mundo, com salários que podem chegar a 270 mil dólares, cerca de R$ 1,5 milhão por ano. Ou R$ 128 mil mensais.

Diplomacia dos anúncios
Mais de um mês desde a expulsão do embaixador brasileiro na Nicarágua, o Brasil finalmente “reagiu”: anunciou que vai aderir a uma declaração de acusação contra a ditadura Ortega, amigo de Lula.

Censura providencial
O governo petista passou o fim de semana agradecendo a censura ao X: poucos tiveram acesso às imagens do fracasso de público no desfile que Lula comandou em Brasília, sábado (7), nem muito menos às imagens das multidões de protesto na Avenida Paulista e em outras capitais.

Cobrar é trabalho
O deputado Evair de Melo (PP-ES) garante que “agora vamos cobrar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ande com o processo e nos dê a oportunidade de discutir este pedido de impeachment no plenário”.

O amor vencido
A 1ª Turma do STF rejeitou todos os 39 recursos do X/Twitter, Discord, Rumble e Locals no inquérito sobre suposta omissão de autoridades no 8 de janeiro. Alvos da ordem de bloqueio, as redes não são parte no processo, só os donos dos perfis. A decisão foi unânime.

Sempre as joias
Após o Dia 7 com a Paulista lotada, a Advocacia-Geral da União, como é habitual no governo, tenta ressuscitar o caso das joias após o TCU liberar o relógio de luxo de Lula e abrir chance de beneficiar Bolsonaro.

Pensando bem…
… pesquisas indicam que o verde e amarelo na Avenida Paulista defendiam as cores da Austrália.

PODER SEM PUDOR
Cair no governo dói
Competente assessor de imprensa do presidente Itamar Franco, Francisco Baker convocara os jornalistas para uma coletiva sobre a demissão do ministro da Fazenda, Gustavo Krause. Compareceram o ministro interino, Paulo Haddad, além do gaúcho Pedro Simon e o pernambucano Roberto Freire. A entrevista demorou tanto que Simon acabou cochilando. Despertado no final, ele se levantou ainda meio grogue e caiu no vão entre o pequeno palco e a parede, na sala de entrevistas do Planalto. Roberto Freire mostrou sua presença de espírito: “Assim não dá: já é a segunda queda do dia no governo!”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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