Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2024
Mark consegue fazer diversas atividades na casa com a nova tecnologia.
Foto: Reprodução/SynchronUm implante inserido em um homem de 64 anos, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), permite que ele consiga controlar o aparelho Alexa, da Amazon, através do pensamento. A notícia foi compartilhada pela Synchron, empresa responsável pela criação da nova tecnologia.
A ELA é uma doença neurológica degenerativa que afeta o sistema nervoso e pode levar à fraqueza muscular (ou até paralisia dos membros do corpo), por isso, pessoas como Mark, que participou do experimento, podem se beneficiar dessa inovação.
O implante, chamado Synchron BCI, permite que ele comande ações predefinidas da Alexa com o pensamento. Sozinho ele consegue ligar e desligar luzes, realizar videochamadas com outras pessoas, tocar música, ler livros no Kindle ou comprar itens na Amazon.
“É difícil imaginar viver em nosso mundo moderno sem a capacidade de acessar ou controlar dispositivos conectados como os produtos Alexa e Echo da Amazon, que são tão prevalentes na minha vida diária. Ser capaz de gerenciar aspectos importantes do meu ambiente e controlar o acesso ao entretenimento me devolve a independência que estou perdendo”, disse Mark, em comunicado publicado pela empresa.
Como funciona
O Synchron BCI é implantado no vaso sanguíneo presente na superfície do córtex motor do cérebro (área responsável pelo por planejar, controlar e executar atividades motoras voluntárias ou conscientes). A inserção ocorre através da veia jugular, por meio de um procedimento endovascular minimamente invasivo.
De acordo com a empresa, o implante foi projetado para conseguir detectar e transmitir sem fio a intenção motora para fora do cérebro.
“Com o objetivo de restaurar a capacidade de pessoas gravemente paralisadas de controlar dispositivos pessoais com apontar e clicar sem as mãos”, afirmam.
Hawking
A ELA é uma doença progressiva, ou seja, os sintomas pioram gradualmente com o tempo. Na fase mais avançada, a doença pode comprometer funções vitais, como a respiração.
A ELA não tem cura, mas o medicamento riluzol pode retardar a evolução da doença e aumentar a sobrevida. Os cuidados paliativos são importantes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O físico britânico Stephen Hawking foi um dos portadores mais conhecidos mundialmente da ELA.