Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, enxerga longe e é sincero. Deixou claro ontem que, sem doações de empresas, a campanha eleitoral de 2018 ficará inviável pelos altos custos. Com a força dos partidos, tentará mudar a forma de financiamento.
Quem estiver contra a reabertura da porteira que leva à corrupção precisará adotar o lema do general francês Robert Nivelle, antes da Batalha de Verdun, na Primeira Guerra Mundial: não passarão.
POR ONDE ANDAM
Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais dividem a primeira colocação na lista dos estados com menos condições de obter autorização para novos empréstimos.
FRANCA DISTRIBUIÇÃO
Terminou ontem o prazo para os parlamentares apresentarem até 25 emendas individuais de execução obrigatória no orçamento do governo federal de 2017. O valor de cada um é de 15 milhões e 300 mil reais. Tática conhecida como mecanismo caça votos. Senadores e deputados federais têm as tarefas de legislar e fiscalizar. Não distribuir dinheiro.
SOB CONDIÇÃO
Antes de os repasses das emendas se tornarem obrigatórios, os governos chantageavam os parlamentares: o dinheiro só saía do Ministério da Fazenda depois do exame sobre o comportamento nas votações.
MUITO ALÉM DO LIMITE
A deputada estadual Manuela d’Ávila é precisa na avaliação sobre a campanha eleitoral em Porto Alegre: “O debate sobre práticas nos mundos virtual e real flertam com o fascismo e a perseguição, inclusive, física a quem opta por ter uma vida pública.”
FONTE OFICIAL
A Fundação Getúlio Vargas constatou que a elite do funcionalismo público chega a ganhar quatro vezes o salário pago para quem exerce funções correlatas na iniciativa privada. Ao contrário do setor empresarial, que encolheu e desempregou trabalhadores, os governos empregaram e concederam aumentos.
É O MESMO
A denúncia de que Fernando Collor recebeu 29 milhões de reais em propinas não surpreende. Sua Excelência tem paixão por mansões, carros importados e muita ostentação. A predileção é também pelo dinheiro dos outros. O confisco das poupanças em março de 1990, como forma de salvar a Economia, é um dos exemplos. Quanto ao resultado, pífio.
DISPARADA
A 21 de outubro de 2002, os jornais noticiaram que “o dólar chegou a ser negociado a 4 reais, recorde no Plano Real”. Era o temor com a mudança dos ventos se o candidato Lula viesse a ser eleito. Temor logo afastado.
QUE NÍVEL!
Se o debate entre Dilma e Aécio, em 2014, chegasse ao nível do que se vê agora na campanha norte-americana, atacariam o Brasil como sendo subdesenvolvido, inculto e desprovido de tudo. Depois dos shows de Donald Trump, o Congresso precisa aprovar projeto, prevendo exame de sanidade mental para os candidatos.
RÁPIDAS
* A Casa Civil do Piratini e a Secretaria da Fazenda firmaram ontem novo acordo de torniquete nas despesas.
* Está comprovado: não há vinho que mais embriague do que o poder.
* Após a prisão de Eduardo Cunha, aumenta o número de políticos alfandegários: nada têm a declarar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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