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Imposto de Renda 2018: veja os cuidados antes de declarar pela primeira vez

É preciso ter atenção aos campos na hora de declarar. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Quem fizer a declaração do Imposto de Renda pela primeira vez em 2018 precisa ter atenção redobrada para evitar erros. As instruções, que, de maneira geral, servem para todos os contribuintes, são para checar os dados, organizar os documentos previamente e fazer o procedimento com calma.

A expectativa do Fisco é receber 28,8 milhões de declarações. Até as 11h desta segunda-feira (23), a 7 dias do final do prazo para envio, 16 milhões de declarações foram recebidas pelos sistemas da Receita.

Quem deve declarar?

Devem declarar o Imposto de Renda neste ano quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2017. O valor é o mesmo da declaração do ano passado. Também devem declarar: contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2017, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; quem teve, em 2017, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural; quem tinha, até 31 de dezembro de 2017, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil; quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2017.

5 dicas para quem vai declarar pela primeira vez

1 – Confira os valores e em qual espaço eles estão sendo declarados

Com rápido cruzamento de informações, a atenção dos contribuintes deve ser redobrada, pois incoerências de centavos podem levar a declaração à malha fina. Erros de digitação são bem comuns e podem gerar problemas.

Outro ponto de atenção é o campo onde a informação deve ser preenchida tanto nas opções de tributação, quanto nas opções a pagar ou a receber.

2 – Providencie todas as informações de bens que você possui

Documentos de imóveis, aplicações financeiras, saldos bancários de conta corrente e poupança e até carros. Organizar estas informações previamente vai otimizar o tempo que a pessoa passa dentro do sistema da Receita.

Se o contribuinte vender o carro, o dinheiro na conta vai aparecer e ele vai precisar informar de onde veio. Se este bem não estiver na declaração anterior, não tem como declarar que vendeu na seguinte.

3 – Preste atenção nos dados fornecidos pelo empregador

Se você tiver apenas um emprego, 90% das informações vêm do comprovante anual de rendimentos fornecido pela empresa.

Professores que trabalham em várias instituições ou autônomos, por exemplo, precisam ter muita atenção para declarar as diversas fontes de renda.

4 – Declare com antecedência

O programa da Receita Federal fica disponível para o contribuinte por quase 2 meses. Neste ano, o período de declaração começou em 1º de março e vai até 30 de abril. Com tempo, o contribuinte analisa com mais atenção as informações e tem tempo de retificar, caso encontre algum erro.

Se a pessoa perceber um erro na declaração, pode enviar uma nova retificada. O ideal é que a declaração corrigida seja enviada dentro do prazo, que termina no dia 30 de abril. Se corrigir depois, o contribuinte chama atenção e pode cair na malha fina.

5 – Despesas que foram reembolsadas

Muitos planos de saúde trabalham com o sistema de reembolso. Segundo Campani, o contribuinte deve declarar apenas o valor que efetivamente pagou.

Se a consulta custou R$ 400 e o plano reembolsou R$ 150, o contribuinte deve declarar apenas R$ 250. Muitas pessoas esquecem e colocam o valor total da nota. As despesas só devem ser lançadas, quando estiverem devidamente comprovadas com nota fiscal.

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