Sites de jornais estrangeiros noticiaram nesta segunda-feira (3) a prisão do ex-ministro José Dirceu na 17 fase da Operação Lava-Jato. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal de ter participado do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A notícia saiu em sites de jornais como os americanos “New York Times” e “Wall Street Journal”, os espanhóis “El País” e “El Mundo” e o argentino “La Nación”.
Em reportagem reproduzida por veículos como o “New York Times”, a agência “Reuters” afirmou que se trata de um dos membros mais importantes do Partido dos Trabalhadores a ser detido até agora no escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.
O texto menciona a prisão de Dirceu pelo Mensalão e afirma que seu envolvimento em “um escândalo ainda maior” ameaça “aproximar a investigação de Lula” e “manchar seu legado”.
O “Wall Street Journal” afirmou que a prisão é “significativa” porque Dirceu era “um membro de alto escalão do Partido dos Trabalhadores e já foi “confidente próximo de Lula, o que traz o escândalo um passo mais próximo da maior liderança do partido”. O jornal declarou que não conseguiu contatar o advogado de Dirceu e Lula e que o Partido dos Trabalhadores não quis comentar o caso.
Os jornais espanhóis “El País” e “El Mundo” também mencionaram que o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, foi preso na mesma fase da operação Lava-Jato. O “El Mundo” diz que a PF bateu à porta do ex-ministro às 6h da manhã e que a imprensa local afirma que ele não disse “nem uma palavra no trajeto de carro de polícia até a delegacia”.
Os argentinos “Clarín” e “La Nación” explicaram a operação Lava-Jato e se referiram a Dirceu como o ex-homem forte do PT. (AG)