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Esporte Imprensa mundial repercute a anulação de sentença contra Daniel Alves por estupro

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Jornais como o inglês "Mirror" deram destaque à decisão da Justiça da Espanha. (Foto: Reprodução)

A anulação da sentença que havia levado o ex-jogador brasileiro Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma jovem em discoteca na cidade de Barcelona, Espanha, repercutiu mundialmente. Os principais veículos de informação – ao menos no Ocidente – deram destaque à decisão da Justiça da Catalunha, na sexta-feira (28), de absolver o ex-jogador brasileiro em última instância.

Basta uma rápida pesquisa na internet para deparar com chamadas sobre o assunto nas versões online dos principais sites de jornais europeus, dentro e fora da Espanha. Confira algumas amostras, a seguir:

– “Marca” (Espanha): “Tribunal de Justiça da Catalunha absolve Dani Alves de agressão sexual”.

– “AS” (Espanha): “Tribunal de Justiça da Catalunha absolve Dani Alves de agressão sexual”.

– “Mirror” (Inglaterra): “Dani Alves é absolvido de estuprar mulher em boate após apelar de sentença de culpa”.

– “L’Équipe” (França): “Condenado em fevereiro de 2024 a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual, Daniel Alves foi absolvido em apelação”.

– “Le Parisien” (França): “Espanha: condenação por estupro do ex-jogador do Barça e do PSG Dani Alves é anulada em apelação”.

– “A Bola” (Portugal): “Dani Alves absolvido do crime de agressão sexual”.

Outras repercussões

Comentaristas esportivos também se manifestaram, com avaliações contra ou a favor do novo veredito. Foi o caso de Gonzalo Miró, do jornal “Marca” e da rádio Cope, da Espanha:

“Eu acho o que aconteceu lamentável, especialmente considerando o que isso significará para futuras vítimas de abuso sexual. Agora, se você for ela, o que acontece? Eu entendo que eles a aconselharam a apelar, mas ela dirá, por quê? Ela não queria chegar a um acordo precisamente para se dar credibilidade, mas ela deveria ter aceitado porque você nunca sabe como vai acabar no tribunal. É totalmente lamentável”.

Já o seu colega e apresentador radiofônico Manu Carreño se posicionou a favor: “Temos que respeitar o que a justiça diz. Houve muitos julgamentos midiáticos. A presunção de inocência prevalece. Agora ele foi absolvido de um crime que, segundo o juiz, não puderam confirmar. Imagine… Podemos nos colocar no lugar do Alves: isso afeta você na vida pessoal e profissional. É um dano que só quem já passou por algo parecido consegue entender como isso o afetou”.

Pablo Fernández, porta-voz do Podemos, partido político espanhol, também criticou a decisão. “A sentença no caso Dani Alves é mais um flagrante exemplo de justiça patriarcal, de violência institucional e de desamparo absoluto às vítimas, as mesmas que depois são incentivadas a denunciar. Vergonha absoluta”.

Irene Montero, deputada do Parlamento Europeu pelo Podemos, foi outra a criticar a absolvição. “A decisão que absolve Dani Alves sob a alegação de que a vítima não é idônea é um claro exemplo de violência institucional e justiça patriarcal que deixa as mulheres desprotegidas e, como diz a ONU, mantém a cultura de impunidade para os abusadores. Repetidamente: só sim é sim”, postou a parlamentar.

O ministro da Justiça, Félix Bolaños, manifestou respeito pela decisão do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. “Trata-se de uma decisão judicial e, portanto, devo respeitá-la, não cabendo a mim qualquer avaliação sobre fatos já julgados pelos tribunais de nosso país”, afirmou à imprensa espanhola pouco antes de encerrar um evento em Las Palmas de Gran Canaria.

A vice-primeira-ministra da Espanha, María Jesús Montero, afirmou com cautela: “Vou ser cautelosa porque não li a sentença, o que não significa que não expresse mais uma vez minha solidariedade a todas as vítimas de abusos ou maus-tratos físicos que às vezes se encontram em dificuldades para suportar”, declarou María Jesús Montero, primeira vice-presidente do governo.

Entenda o caso

Em decisão unânime, o Tribunal Superior da Catalunha anulou a sentença que havia condenado à prisão o ex-lateral-direito da Seleção Brasileira e do Barcelona por um estupro cometido em discoteca da capital catalã. Com isso, o réu ficou totalmente livre de acusações no caso.

Daniel Alves – que completará 42 anos em maio – permaneceu preso de janeiro de 2023 a março de 2024, quando obteve liberdade provisório mediante fiança de 1 milhão de euros. Se a condenação fosse mantida, ele ainda teria de cumprir mais de dois anos de prisão.

Em paralelo, juízes analisavam outro recurso apresentado pela Promotoria de Barcelona, que pedia o retorno do brasileiro à cadeia e o aumento de sua sentença para nove anos, sem direito a fiança. Houve uma reviravolta no caso, os magistrados consideraram que houve “imprecisões” na decisão anterior e a “falta de confiabilidade do depoimento” da vítima em relação a imagens registradas por câmeras de segurança. (com informações de O Globo)

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Afinal, o que levou a Justiça da Espanha a absolver Daniel Alves em caso de estupro? Entenda a anulação da sentença
https://www.osul.com.br/imprensa-mundial-repercute-a-anulacao-de-sentenca-contra-daniel-alves-por-estupro/ Imprensa mundial repercute a anulação de sentença contra Daniel Alves por estupro 2025-03-29
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