Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2020
Um levantamento feito pela Apsa, empresa de gestão condominial e negócios imobiliários, com mais de sete mil imóveis alugados em cinco capitais (Rio de Janeiro, Fortaleza, Maceió, Recife e Salvador), mostrou que o índice médio de inadimplência dos aluguéis residenciais e comerciais está bem acima da média histórica.
Das cinco capitais pesquisadas, Salvador é aquela onde a inadimplência é mais alta, atingindo 30%. O Rio de Janeiro tem o menor índice (10%), mas ainda assim distante dos 4% registrados nos meses que antecederam a pandemia do novo coronavírus.
Imóveis comerciais
O levantamento também mostrou que a inadimplência é muito maior em imóveis comerciais. Neste caso, o percentual de não pagamento nas cinco capitais é de 26%, enquanto no segmento residencial é de 11%.
Para Giovani Oliveira, gerente-geral de Imóveis da Apsa, os dados mostram que a retomada será gradual, e que o mercado comercial vai continuar sofrendo mais:
“Os dados mostram uma melhora na inadimplência em maio, em relação a abril, mas ainda não se pode afirmar que isso seja uma tendência. Vemos que o pagamento de aluguel é a prioridade das residências. Por isso, acreditamos que o impacto será maior no comercial. Nos casos em que realmente os inquilinos não podem fazer os pagamentos, estão sendo feitas negociações. Da nossa amostra, 29% dos casos entraram em negociação, sendo que desses, 23% acordaram uma prorrogação de parte do pagamento para meses futuros.”
Reajuste dos contratos
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel do País, registrou inflação de 1,48% na segunda prévia de junho deste ano. A taxa é superior à observada na segunda prévia de maio, que havia ficado em 0,01%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com o resultado da segunda prévia de junho, o IGP-M acumula inflação de 7,24% em 12 meses.
Preços no atacado
A alta da taxa do IGP-M de maio para junho foi provocada principalmente pelos preços no atacado, cuja inflação subiu de 0,18% na segunda prévia de maio para 2,20% na segunda prévia de junho.
Segundo a FGV, a inflação dos preços da construção também subiu, de 0,21% para 0,25% no período.
Os preços no varejo continuaram registrando deflação (queda de preços), de 0,14%, na prévia de junho. Na prévia de maio, no entanto, a deflação havia sido mais intensa (-0,49%). As informações são do jornal Extra e da Agência Brasil.