Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2015
Bangcoc, na Tailândia, inaugurou um “museu sobre a corrupção” com estátuas em tamanho real de funcionários condenados em casos recentes, esculturas de bolsas repletas de dinheiro e quadros de corruptos atrás das grades.
“A Tailândia é um país com uma cultura de clientelismo. Várias gerações já enfrentaram a corrupção e as pessoas estão acostumadas”, explica Mana Nimitmongkol, da Organização de Luta contra a Corrupção, que concebeu a mostra.
Os tailandeses têm uma relação complexa com o problema que afeta a política, o sistema judiciário e o mundo dos negócios no reino, que ocupa a posição 85 na lista de 175 países elaborada pela Transparência Internacional sobre a percepção da corrupção.
“Queríamos criar este museu para contar aos trapaceiros que as coisas que fazem são ruins. Ficarão gravados na história da Tailândia e o povo tailandês nunca poderá esquecer nem perdoá-los”, completa Mana.
As esculturas e estátuas são referências a casos concretos da história tailandesa.
Com a exposição, os organizadores pretendem impressionar o público. “Cada escultura ilustra um caso nacional de corrupção que me irrita, pois todos provocaram enormes danos”, afirmou Tatpitcha Khanumsee, uma visitante de 19 anos.
Ao assumir o poder em maio de 2014, a junta militar tailandesa prometeu lutar contra a corrupção e levar à justiça os corruptos. (AG)