Quinta-feira, 17 de abril de 2025

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Economia Incertezas após “tarifaço” de Trump podem levar o Copom a encerrar altas da Selic já em maio

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Desde o início do ciclo, o Copom já elevou os juros em 3,75 pontos percentuais.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Desde o início do ciclo, o Copom já elevou os juros em 3,75 pontos percentuais. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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O Comitê de Política Monetária (Copom) pode encerrar o ciclo de alta da Selic já na reunião de maio, diante do aumento da incerteza após os Estados Unidos anunciarem uma série de tarifas recíprocas, segundo analistas do mercado.

Desde o início do ciclo, o Copom já elevou os juros em 3,75 pontos percentuais. Com mais um aumento sinalizado, o cenário exigirá cautela por parte da autoridade monetária. Na reunião de março, o comitê já havia indicado uma nova elevação da taxa, embora em magnitude menor que as anteriores.

Os diretores do Banco Central precisarão avaliar os efeitos combinados das medidas de aperto monetário e dos desdobramentos internacionais. “Assim, podemos ter o fim do ciclo na próxima reunião”, afirmam especialistas.

Estimativas

A mediana das projeções do relatório Focus para a Selic ao fim de 2025 permaneceu em 15% pela 13ª semana consecutiva, indicando que os juros ainda devem subir 0,75 ponto percentual em relação ao patamar atual, de 14,25%. O Copom já sinalizou um novo ajuste, inferior a 1 ponto percentual, na próxima reunião, marcada para os dias 6 e 7 de maio.

Considerando apenas as 34 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis – mais sensíveis a mudanças recentes no cenário –, a mediana também se manteve em 15%.

Com isso, o mercado projeta que a Selic pode alcançar o maior nível desde maio de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o Copom cortou a taxa de 15,25% para 14,75%. À época, os juros vinham em trajetória de queda, após terem atingido 19,75% em maio de 2005, um dos patamares mais altos do século 21.

Para o fim de 2026, a mediana das projeções continuou estável em 12,50% pela décima semana seguida. Considerando apenas as 34 projeções mais recentes, a estimativa recuou de 12,75% para 11,63%, ficando na faixa entre 11,50% e 11,75%.

A expectativa intermediária para a Selic ao fim de 2027 permaneceu em 10,50% pela oitava semana consecutiva. Já a mediana para 2028 seguiu inalterada em 10,00% pela 15ª semana seguida.

No mais recente ciclo de comunicações, o Copom afirmou que, além da decisão de maio, a magnitude total do ciclo de aperto monetário será determinada por seu “firme compromisso com a convergência da inflação” e dependerá da evolução do cenário macroeconômico.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em 27 de março que o comitê busca reunir o maior volume de informações possível antes de tomar decisões, a fim de aumentar a confiança no processo de convergência da inflação.

“Querer garantir esse grau de liberdade sem um guidance significa que a gente quer continuar reunindo informações para ir analisando, reunindo essas informações a partir de um cenário de pós-elevação da taxa de juros do patamar que nós temos”, disse Galípolo, em entrevista coletiva sobre o Relatório de Política Monetária (RPM), que substituiu o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

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