Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de fevereiro de 2016
O câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil, com 190 mil óbitos por ano. A estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) é de que 596 mil novos casos da doença surjam este ano. Destes, 34.280 casos serão somente de câncer de cólon e reto, cuja proporção será maior na região Sul, onde a doença é a segunda e a terceira mais frequente entre homens e mulheres, respectivamente.
A maior incidência do câncer de cólon e reto na região Sul se deve ao fato de o modo de vida nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ser mais semelhante ao de países desenvolvidos, em que há uma elevada prevalência de excesso de peso e obesidade, inatividade física e consumo de carnes processadas (salsicha, presunto, linguiça, carne seca etc.).
Pacientes com este tipo de câncer, cujos tumores são de reto baixo, ou seja, estão localizados mais próximo da região anal, costumavam ter como tratamento a realização de cirurgia aberta para retirada do reto e ânus, tendo como consequência a colostomia definitiva, que consiste na exteriorização do intestino na parede abdominal, formando um novo trajeto e local para a evacuação.
“A presença da bolsa de colostomia definitiva tem um importante impacto físico e emocional, com mudança significativa na vida do paciente e, muitas vezes, causa sintomas depressivos e dificuldade de aceitação”, ressalta o médico coloproctologista, Gustavo Becker Pereira.
Ele lembra que é possível tratar o câncer de cólon de reto por cirurgia minimamente invasiva, especialmente no tumor de reto baixo. Em muitos casos, é possível preservar os músculos do canal anal, evitando que o paciente fique com a colostomia definitiva. “A cirurgia de Retossigmoidectomia Transanal por Cirurgia Minimamente Invasiva, pois possibilita fazer a cirurgia de forma combinada (através do abdômen e do ânus), retirando o intestino acometido e contribuindo para preservar o ânus em casos em que o tumor está mais baixo”, explica. Essa cirurgia é feita por videolaparoscopia com pequenos cortes.