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Indecisos e abstenção podem definir a eleição: em 2018, quase 30 milhões não foram votar

Candidatos buscam votos de indecisos,e estímulo ao comparecimento dos eleitores. (Foto: Divulgação/TSE)

Enquanto os institutos de pesquisa divergem nas pesquisas mais recentes para a eleição de presidente da República, polarizada entre Jair Bolsonaro e Lula, há um dado concreto: eleitores indecisos somados às abstenções, representam mais de 30%, e serão decisivos nesta eleição para presidente da Republica e demais cargos em disputa neste domingo. Esse foi o foco dos candidatos aos cargos executivo e legislativo nos últimos dias de campanha: buscar o voto dos indecisos e estimular o comparecimento dos eleitores. Pesquisas mais recentes indicam que, faltando um dia para as eleições gerais, cerca 11% da população apta a votar ainda não definiu quem escolherá para presidir o País pelos próximos quatro anos. Para os demais cargos legislativos, a indecisão é ainda maior. Este percentual, somado à abstenção média, supera 30% de votos.

A força dos leitores ausentes

Esta semana, a rede CNN produziu um levantamento interessante para mostrar, com base nos dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral, que a abstenção do eleitorado total nas quatro últimas eleições cresceu seguidamente nos primeiros turnos das quatro últimas votações para presidente – de pouco mais de 16%, em 2006, até ultrapassar os 20% em 2018.

Abstenção maior que a soma da maioria dos candidatos presidenciais

O tamanho da abstenção foi comparado aos votos dos candidatos que não foram eleitos para o segundo turno. E os números mostram que nas últimas quatro vezes em que os brasileiros escolheram um presidente da República, a abstenção foi maior que a soma da votação registrada nos presidenciáveis que não passaram para os respectivos segundos turnos – ou seja, todos exceto o primeiro e o segundo colocados. No caso de 2014, a abstenção no primeiro turno foi maior que a soma da votação nos 3º, 4º, 5º e 6º colocados da disputa presidencial.

Na última eleição presidencial, foram quase 30 milhões de ausentes.

Na eleição de 2018, quando Jair Bolsonaro foi eleito, houve mais brasileiros que não foram às urnas no primeiro turno (29.939.319, ou 20,32%) do que a soma dos votos em Ciro Gomes (13.344.371), Geraldo Alckmin (5.096.350), João Amoêdo (2.679.745), Cabo Daciolo (1.348.323), Henrique Meirelles (1.288.950), Marina Silva (1.069.578), Álvaro Dias (859.601), Guilherme Boulos (617.122), Vera Lúcia (55.762), José Maria Eymael (41.710) e João Goulart Filho (30.176).

Em 2018, o número de eleitores que não compareceram para votar só não foi maior do que a votação em Jair Bolsonaro (49.277.010) e Fernando Haddad (31.342.051), que passaram para a rodada final (vencida pelo atual presidente).

Movimento importante do senador Luis Carlos Heinze

O candidato do PP ao governo do Estado, senador Luis Carlos Heinze fez um movimento importante neste sábado sinalizando para a unidade da direita, ao gravar ao lado da ex-candidata ao Senado pelo PP, vereadora Nádia, um vídeo de apoio ao candidato ao Senado, general Hamilton Mourão (Republicanos). Mourão é candidato ao senado na coligação que apoia o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) ao Governo do Estado. Em termos estratégicos, com as pesquisas indicando que o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) disputarão o segundo turno, uma eventual renúncia de Heinze neste momento não ajudaria na conquista de votos para Jair Bolsonaro e poderia confundir o eleitor.

TRE fez o sorteio das urnas que serão auditadas

O desembargador Francisco José Moesch, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, coordenou neste sábado, o sorteio das 35 seções, entre as 165 zonas eleitorais de todo o estado, que passarão pelo teste de integridade (23), das que passarão pelo teste de autenticidade (8) e das que passarão pelo projeto-piloto com biometria, do teste de integridade (4). Neste último caso, as seções sorteadas foram de uma zona específica de Porto Alegre. As urnas sorteadas serão retiradas de suas seções – sendo substituídas por outras urnas eletrônicas – e foram trazidas para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na Capital. Neste domingo, dia da eleição, no mesmo período que os eleitores estiverem votando – das 8h às 17h – acontece, simultaneamente, a verificação, no prédio 30, das 27 seções que passarão pelo e, no prédio 11, estarão as quatro seções, de uma zona eleitoral de Porto Alegre, que passarão pelo projeto-piloto com biometria.

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