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Política Indefinição de Bolsonaro fermenta clima para novatos na política

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Após se encontrar com Gusttavo Lima, Marçal acenou com a possibilidade de um entendimento sobre a candidatura.

Foto: Reprodução
Após se encontrar com Gusttavo Lima, Marçal acenou com a possibilidade de um entendimento sobre a candidatura. (Foto: Reprodução)

O lançamento das pré-candidaturas do cantor sertanejo Gusttavo Lima e do empresário e influenciador Pablo Marçal à Presidência nas eleições de 2026 expôs um cenário propício para o surgimento dos chamados “outsiders”, os novatos na política.

Especialistas, dirigentes partidários e políticos relacionam o quadro à indefinição em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível e não anunciou apoio a nenhum pré-candidato, mas dizem que outros fatores contribuem para o fenômeno, como a perda de confiança do eleitor na classe tradicional política e a mudança nos valores que guiam o voto.

Lima, que não está filiado a partido, e Marçal, que é do PRTB e concorreu à Prefeitura de São Paulo em 2024, estão na fase inicial das articulações e também se falam. O sertanejo conversa com partidos expressivos, como União Brasil, PL e PP (que não dão a ele garantia de vaga para tentar a Presidência, mas negociariam uma candidatura ao Senado por Goiás), e é assediado por emissários de siglas menores, como o próprio PRTB, o Avante e o PRD.

Após se encontrar com Lima na semana passada em Miami, Marçal acenou com a possibilidade de um entendimento, ainda que estejam no mesmo partido, e falou em projeto nacional. O vácuo no campo da direita provocado pela inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 estimula a discussão de alternativas para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou outro candidato governista.

Mesmo com a reprovação em alta (41% dos brasileiros acham o governo ruim ou péssimo, como revelou o Datafolha), Lula lidera as pesquisas. Levantamento Genial/Quaest do início deste mês mostrou que nas simulações de segundo turno a menor vantagem do petista se daria contra Lima (41% a 35%).

O anúncio da pré-candidatura do cantor a presidente, no início deste ano, surpreendeu dirigentes que acenavam com uma vaga para ele concorrer a senador. Lima é próximo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que também se coloca como presidenciável e diz ver com bons olhos o interesse do amigo.

Inexperiente na política, o artista já declarou apoio a Bolsonaro e a Marçal. Em entrevista recente, evitou rótulos ideológicos e falou que não é “de direita extremista” e sabe respeitar quem é da esquerda. A assessoria dele diz não comentar questões políticas.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirma que falou com o cantor no ano passado sobre uma eventual candidatura ao Senado, mas que uma campanha presidencial “é uma coisa mais complicada, que tem que ser construída” e exigiria uma costura com Bolsonaro.

O presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, diz que hoje a aposta da legenda é em Marçal, mas que convidou Lima para se filiar e que uma composição pode ser discutida. Marçal considera o cantor representante de uma “nova safra de políticos” e vê trajetórias de ascensão parecidas. Para Avalanche, os dois outsiders têm potencial porque “a sociedade valoriza as pessoas que tiveram uma transformação de vida”.

Marçal pode ficar inelegível por oito anos se for condenado em processos por suspeita de abuso de poder econômico e dos meios de comunicação relacionados à campanha municipal de 2024, que ele encerrou em terceiro lugar.

Cinco ações estão prontas para julgamento na primeira instância. Para Avalanche, a defesa provará a inocência do aliado.

Embora rompido com Bolsonaro, Marçal diz torcer para ele recuperar o direito de concorrer, hipótese tida como remota em círculos jurídicos e políticos. Sobre o risco de também ser vetado, o empresário diz que “no Brasil só quem é de direita que fica inelegível”. As informações são do portal de notícias Valor Econômico.

 

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