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Mundo Indiano-americano Ajay Banga foi indicado para assumir o Banco Mundial

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Ex-CEO da Mastercard, Banga também já passou pela Nestlé, PepsiCo e Citigroup. (Foto: Bloomberg)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs o nome do indo-americano Ajay Banga, de 63 anos, ex-CEO da Mastercard, para presidir o Banco Mundial, anunciou a Casa Branca nessa quinta-feira (23).

Banga “tem a experiência indispensável para mobilizar recursos públicos e privados para enfrentar os desafios mais urgentes do nosso tempo, inclusive o aquecimento global”, afirma um comunicado oficial, dias depois de o atual presidente da instituição, David Malpass, anunciar sua renúncia.

O candidato nasceu e foi criado na Índia, onde terminou seus estudos antes de iniciar sua carreira profissional em empresas do setor agroalimentar, como Nestlé e PepsiCo, no final do século XX, e depois passar para o setor financeiro. Desenvolveu a estratégia de microfinanças do banco americano Citigroup entre 2005 e 2009.

Em 2009, foi diretor de Operações da Mastercard, tornando-se diretor-geral um ano depois, e CEO do grupo até o final de 2021.

Hoje, trabalha como executivo do fundo americano de capital General Atlantic e preside o conselho de administração do Holding Exor, da família Agnelli, a dinastia italiana que criou o império do grupo automobilístico Fiat.

O Banco Mundial aceita candidaturas até 29 de março e já destacou que incentiva a apresentação de candidatas.

O apoio à candidatura de Banga se dá no momento em que se pede mudanças nos bancos de desenvolvimento para que abordem problemas globais, como o meio ambiente. A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, estima que o modelo desse tipo de credor, que consiste no endividamento dos países para fazerem investimentos específicos, é “insuficiente”.

Os Estados Unidos são o principal acionista do Banco Mundial. Por tradição, seu presidente costuma ser americano, enquanto um europeu chefia o Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma distribuição de responsabilidades criticadas há anos por países como Brasil, China, Índia e Rússia, que querem ter mais peso nessas instituições internacionais.

Em declarações à imprensa, um funcionário do governo americano considerou que, “na Mastercard e no General Atlantic, Ajay transformou em prioridade a luta contra a mudança climática e a mobilização de capital privado para impulsionar a transição verde”.

“Essas são experiências e prioridades que guiarão e estimularão seu trabalho nos próximos anos no Banco Mundial”, disse essa fonte.

Yellen celebrou o anúncio da candidatura.

Banga “tem as habilidades adequadas de liderança e gestão, a experiência de viver e trabalhar em mercados emergentes e a expertise financeira para liderar o Banco Mundial em um momento crítico em sua história”, afirmou a secretária, nesta quinta.

Na opinião de Yellen, sua experiência em associar setor público e privado e organizações sem fins lucrativos vai ajudá-lo a “mobilizar capital” e a “pressionar pelas reformas necessárias”.

Ao ser questionado sobre a decisão do Banco Mundial de promover candidaturas de mulheres, uma autoridade americana declarou aos jornalistas que Banga tem “uma convicção pessoal e uma excelente trajetória” na promoção da diversidade.

Saída antecipada

No dia 15 de fevereiro, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, anunciou a intenção de antecipar sua saída, prevista para o fim do ano fiscal, em 30 de junho, o que abriu caminho para Biden escolher o substituto.

Ex-alto funcionário do Tesouro, Malpass foi nomeado para o posto pelo então presidente Donald Trump, em 2019. Ano passado, se viu envolvido em uma polêmica depois de se recusar a responder sobre o impacto dos combustíveis fósseis no aquecimento global durante evento em Nova York. Ele se limitou a afirmar que “não sou cientista”.

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https://www.osul.com.br/indiano-americano-ajay-banga-vai-assumir-o-banco-mundial/ Indiano-americano Ajay Banga foi indicado para assumir o Banco Mundial 2023-02-23
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