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Por Redação O Sul | 22 de julho de 2019
Depois de um atraso de uma semana, partiu nesta segunda-feira (22), às 6h13min (de Brasília-DF), a missão Chandrayaan 2. Se bem-sucedida, ela fará da Índia o quarto país a pousar com sucesso na superfície lunar. Até hoje, só Rússia, Estados Unidos e China realizaram essa façanha.
Como o nome sugere, trata-se da segunda missão da série. A primeira, Chandrayaan 1 (que se traduz simplesmente como “nave lunar”, em sânscrito) foi lançada em 2008 e orbitou a Lua durante dois anos até encerrar sua missão.
Desta vez, o projeto é mais complexo. Partiram juntos a bordo do foguete GSLV Mk.3, no Centro Esapcial Satish Dhawan, Índia, um orbitador, um módulo de pouso e um jipe robótico.
O lançador colocou o conjunto de espaçonaves numa órbita ao redor da Terra com apogeu de mais de 45 mil quilômetros – desempenho acima do esperado para o lançador.
A ideia agora é usar os propulsores da própria nave para, a cada órbita, elevar sua altitude, até intersectar com a Lua, a cerca de 384 mil km de distância, e dali ser capturada pela gravidade lunar.
O cronograma prevê que a injeção translunar (o último empurrão para intersectar a Lua) aconteça em 14 de agosto, e em 20 de agosto um novo disparo do motor será feito para colocar a espaçonave em órbita lunar.
Ao longo de 15 dias o veículo reduzirá e circularizará sua órbita até estar girando a 100 km da superfície lunar. De lá, em 1º de setembro, o módulo de pouso Vikram (homenagem ao pai do programa espacial indiano, Vikram Sarabhai) iniciará a jornada para a superfície, onde deve pousar, mais próximo do polo sul lunar do que qualquer outra missão já realizada, em 6 de setembro. Uma vez em solo, o jipe robótico Pragyan (“sabedoria” em sânscrito) deve explorar a região do pouso.
O presidente da agência espacial indiana, Kailasavadivoo Sivan, disse ao jornal “The Guardian” que a equipe de pesquisadores trabalhou incansavelmente para consertar a falha.
“É o início de uma jornada histórica da Índia em direção à Lua. Aterrissar em um local perto do polo sul deve ajudar a realizar experimentos científicos para explorar o inexplorado”, disse Sivan.
O primeiro-ministro indiano, Navendra Modi, escreveu em sua conta no Twitter que o lançamento da Chandrayaan-2 mostra a destreza dos cientistas do país. Segundo o post, o país investiu 1,3 bilhão de rupias indianas (cerca de R$ 70,6 milhões).