Por Redação O Sul | 11 de março de 2024
Anderson foi reconhecido por A Incrível História de Henry Sugar, protagonizado pela estrela da Marvel, Benedict Cumberbatch.
Foto: DivulgaçãoSer indicado ao Oscar já é um grande momento para qualquer artista no meio audiovisual e ver seu nome se repetir ao longo dos anos, sem uma conquista efetiva, só deve intensificar o desejo de ter um troféu para chamar de seu. Na cerimônia de domingo (10), após oito indicações nos últimos 22 anos, o cineasta Wes Anderson finalmente venceu seu primeiro Oscar na categoria de Melhor Curta-Metragem.
Conhecido por suas narrativas peculiares e visuais marcantes, Anderson foi reconhecido por seu trabalho em A Incrível História de Henry Sugar, o curta-metragem de 39 minutos protagonizado pela estrela da Marvel, Benedict Cumberbatch. Disponível na Netflix, a trama acompanha Henry Sugar, um rapaz que entra em uma jornada desafiadora a fim de dominar uma técnica incrível capaz de fazê-lo enxergar com os olhos fechados.
A escolha da direção por adaptar o conto palavra por palavra altera bastante a linguagem cinematográfica padrão que o público se acostumou. Wes Anderson busca elementos do teatro, como os cenários móveis e os atores se revezando nos papéis menores, para deixar a história um pouco mais palatável, já que o curta é narrado por seus personagens, que estão o tempo inteiro encarando o público, literalmente contando a história para eles.
Apesar deste marco significativo em sua carreira, o cineasta não estava presente na cerimônia para receber a tão sonhada estatueta, pois segundo uma declaração lida em seu nome, ele está na Alemanha gravando um novo filme. No palco, Issa Rae, atriz de Ficção Americana, e o comediante norte-americano Ramy Youssef, de Pobres Criaturas, anunciaram e receberam o prêmio no lugar do diretor.
A história do curta que conquistou o primeiro troféu de Anderson é uma adaptação do conto de Roald Dahl e além de Benedict, conta com a participação de Ralph Fiennes (The King’s Man), Dev Patel (O Último Mestre do Ar) e Ben Kingsley (Homem de Ferro 3). Esta foi a única vitória dentre as 18 obras da Netflix que foram indicadas nesta edição.
A primeira indicação do diretor ao Oscar foi em 2001 por The Royal Tenenbaums, na categoria de Melhor Roteiro Original, seguida de outras como a de Melhor Filme de Animação com a obra de 2009 O Fantástico Sr. Raposo, Melhor Roteiro Original para Moonrise Kingdom (2012) e Melhor Filme de Animação para Isle of Dogs (2018).
