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Rio Grande do Sul Indicadores de maio apontam retomada do crescimento econômico do Rio Grande do Sul

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Dados da Receita Estadual constam da 38ª edição do Boletim sobre impactos da Covid-19 na atividade econômica no RS.

Foto: Fotos Públicas
Comitê de Crise ressalta importância de que os municípios mantenham ações de controle e acompanhamento da pandemia. (Foto: Marcello Campos/O Sul)

Divulgada nesta segunda-feira (14) pela Receita Estadual, a 38ª edição do Boletim Sobre os Impactos da Covid nas movimentações econômicas dos contribuintes de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) reiterou a avaliação do governo gaúcho de há um cenário de retomada econômica no Rio Grande do Sul. Os dados são referentes ao mês de maio.

Conforme a publicação, os principais indicadores econômico-fiscais registraram desempenho positivo no quinto mês do ano. As análises consideram a variação frente a períodos equivalentes do ano anterior, de forma que os resultados são influenciados, neste caso, pela comparação ocorrer com um período fortemente afetado pela pandemia (maio de 2021 contra maio de 2020).

A arrecadação de ICMS apontou o décimo mês consecutivo de alta. Em maio de 2021, o resultado de R$ 3,53 bilhões foi 58,2% (R$ 1,3 bilhão) superior a maio de 2020, impulsionado pela base comparativa deprimida e por uma série de receitas extraordinárias que são fruto, entre outros fatores, de medidas implementadas pelo fisco gaúcho e da retomada da economia.

Com isso, a arrecadação acumulada em 2021 é de R$ 17,97 bilhões, um aumento de R$ 2,89 bilhões em relação ao período equivalente anterior (19,2%). Na visão dos últimos 12 meses, a arrecadação total é de R$ 41,46 bilhões – um ganho real de R$ 2,79 bilhões (+7,2%) frente aos 12 meses imediatamente anteriores.

A emissão de Notas Eletrônicas (Nota Fiscal Eletrônica + Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) registrou variação positiva pelo 12º mês consecutivo frente a períodos equivalentes do ano anterior. O resultado em maio foi de 42,1%, sendo o segundo melhor resultado desde o início das análises (também impactado pela base de comparação).

O pior resultado do indicador ocorreu em abril de 2020 (-16,7%). No acumulado do período da crise (16 de março de 2020 a 31 de maio de 2021), o indicador agora acumula ganho de 12,3%.

Na análise das vendas por atividade, a Indústria, o Atacado e o Varejo registraram variações positivas ao longo do mês (frente a maio de 2020). Os desempenhos foram, respectivamente, de 53%, 38,9% e 27,7%. Com isso, os indicadores acumulados desde o início das medidas de quarentena agora são de 17,1%, 12% e 4,2%. Essa é a terceira vez que as três atividades computam variações positivas acumuladas ao final de um mês.

Indicadores de transporte de cargas e de passageiros também desempenharam bem no mês. O transporte de cargas apresentou variação de médio prazo (28 dias) de +58,3% em média em maio de 2021. Em abril de 2020, essa variação chegou a ser de -26,9%.

O transporte de passageiros registrou evolução na emissão de Bilhetes de Passagem Eletrônicos (BP-e) acumulada nos últimos 28 dias. Já a média mensal passou de 1,04 milhão em abril para 1,25 milhão em maio. A atividade, contudo, segue longe da realidade pré-pandemia (2,8 milhões).

Indústria

A Indústria, em seu 12º mês consecutivo de variações positivas, computou uma variação de 53% em maio de 2021. As áreas Metalmecânica e Agroindústria foram as principais responsáveis pela influência no resultado expressivo da atividade, seguidas pela área de Combustíveis.

Conforme registrado em abril, a comparação de maio de 2021 com um período bastante deprimido (maio de 2020 foi o segundo mês de pior performance econômica no Rio Grande do Sul no período analisado), combinada à forte onda de pressão de preços nas empresas potencializada pelo aumento no preço de commodities no mercado externo e pela desvalorização cambial, resultou na segunda maior variação da série.

Os dados também intensificam o resultado positivo na indústria a correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que não reflete a alta de preços concentrada na cadeia produtiva. Dessa forma, dentre os setores industriais selecionados para análise, apenas um não performou positivamente em relação a maio de 2020.

Atacado

O Atacado apresentou variação mensal em maio na ordem de 38,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, após ter apresentado ganhos de 32,3% em março e 56,3% em abril.

As principais influências positivas para a performance do indicador foram, novamente, os desempenhos dos atacadistas da área de Alimentos (26,2%), Metalmecânica (138,5%) e Combustíveis (57,3%), especialmente em decorrência do aumento nas operações com subprodutos de petróleo e soja.

Varejo

O Varejo registrou indicador interanual positivo de 27,7% no mês de maio de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. É o décimo mês consecutivo sem apresentar variação negativa para a atividade. Em maio de 2020, mês utilizado como base comparativa, a atividade varejista foi bastante afetada economicamente (-9,8%).

A comparação com um período enfraquecido potencializou os resultados positivos para a atividade. Os setores cuja variação positiva teve maior peso no impacto da atividade Varejista foram de Outros Varejos (45,3%) e Combustíveis (55,6%).

Na visão das vendas no varejo por localidade do Estado, considerando os Corede (Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Co), o destaque positivo é a região das Hortênsias, que registrou variação de médio prazo (28 dias) de 71,7%. Além disso, das 28 regiões, nenhuma apresentou variação negativa para o curto (14 dias) ou médio prazo (28 dias).

(Marcello Campos)

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