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Política Indiciamentos da Polícia Federal provocam cobranças e acusações entre militares

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O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório da PF. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O relatório da Polícia Federal (PF) deflagrou uma guerra entre os militares indiciados por envolvimento no plano bolsonarista de golpe de Estado.

O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório da PF na semana passada. Além de Jair Bolsonaro, 36 investigados foram indiciados no documento enviado ao Supremo.

Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliar as provas colhidas pelos investigadores e decidir se oferece denúncia ao STF contra os envolvidos.

A lista de indiciados pela PF no inquérito do plano bolsonarista de golpe de Estado não emocionou a cúpula militar do governo Lula. Tanto no Ministério da Defesa quanto nos comandos das forças, os golpistas já haviam sido mapeados na caserna.

Por via das dúvidas, o comando do Exército segue pronto para abrigar militares golpistas que venham a ser presos na esteira da investigação no STF.

É que a conclusão do relatório da PF, com a divulgação dos indiciados, abriu caminho para novos depoimentos dos alvos. Não está descartada a adoção de novas medidas pelo Supremo, a partir das revelações que venham a surgir.

Transferência

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nessa segunda-feira (2) a transferência para Brasília do general de brigada Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra, acusados de planejar um golpe de Estado.

Os militares foram presos preventivamente em 19 de novembro, e estavam detidos no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Conforme decisão desta segunda, eles serão transferidos para o Comando Militar do Planalto, na capital federal.

“Autorizo a transferência do militar investigado para instalações do Comando Militar do Planalto para cumprimento da prisão preventiva determinada nestes autos, observadas as Normas Administrativas para Prisão Especial (NAPE), que têm por finalidade regular os procedimentos adotados em caso de prisão especial de militares que se encontram à disposição das Justiças Militar ou Comum”, diz a decisão.

Moraes também autorizou que os presos recebam visitas das respectivas esposas e dos filhos. Outras solicitações de visita devem ser autorizadas previamente pelo ministro, relator do caso.

Fernandes e Bezerra foram detidos na operação Contragolpe, da Polícia Federal, ao lado de outros militares e um policial acusados de tramar, em 2022, a prisão e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Moraes, que presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época.

De acordo com a PF, as investigações apontam que a organização criminosa usou de elevado conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas entre novembro e dezembro de 2022.

O objetivo seria impedir a posse do governo eleito democraticamente nas eleições de 2022 e restringir o exercício do Poder Judiciário, conforme mostrou a apuração.

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https://www.osul.com.br/indiciamentos-da-policia-federal-provocam-cobrancas-e-acusacoes-entre-militares/ Indiciamentos da Polícia Federal provocam cobranças e acusações entre militares 2024-12-02
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