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Economia Indústria brasileira sobe 30 posições e chega ao 40° lugar em ranking mundial

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A produção industrial do setor de transformação cresceu 2,9% no segundo trimestre de 2024. (Foto: ABr)

A indústria de transformação brasileira voltou a melhorar sua posição no ranking mundial de crescimento da produção, segundo levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

A produção industrial do setor de transformação cresceu 2,9% no segundo trimestre de 2024, ante o mesmo período do ano anterior. O desempenho alçou o Brasil à 40.ª posição em um ranking de 116 países com informações já divulgadas pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (United Nations Industrial Development Organization, a Unido). Um ano antes, a indústria de transformação brasileira amargava a 70.ª colocação – um avanço, portanto, de 30 posições.

Segundo Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi, parte do dinamismo visto na indústria de transformação brasileira em 2024 é produzida por um impacto defasado do último ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic, que facilitou o acesso ao crédito para consumo de bens duráveis (o impacto da política monetária na atividade econômica costuma ser defasado em alguns meses). O ciclo de queda da Selic foi iniciado em agosto de 2023, com o corte da taxa de 13,75% para 13,25%; terminou em maio passado, ao estacionar em 10,50%, antes de subir a 10,75% em setembro (já fora do período pesquisado).

“É justamente essa indústria de bens duráveis que vem puxando o dinamismo industrial brasileiro neste ano. Tem também outros fatores: ganho de melhores empregos no Brasil, ganho de rendimento real por causa disso, uma acomodação no processo inflacionário, programas públicos importantes como reajuste do salário mínimo e ampliação do Bolsa Família, e fatores pontuais também como pagamento de precatórios antecipados, que favorecem porque injetam condições demanda na economia”, disse Cagnin.

O Iedi disse que, no segundo trimestre, o Brasil mostrou melhor posição no ranking do que outros países latino-americanos “de destaque”, como Chile (0,6%, figurando na 71.ª posição), México (-1%, em 75.º lugar), Colômbia (-3%, em 95.º) e Argentina (-17,1%, em 115.º lugar). A produção industrial argentina só não foi pior que o desempenho da Palestina, que amargou uma perda de 28,5% em meio aos bombardeios de Israel.

Já o resultado positivo do Brasil superou também no ranking países como os Estados Unidos (-0,1%), Reino Unido (-0,5%), França (-1,5%), Japão (-2,9%) e Itália (-2,9%). Nas primeiras posições da lista, figuram Trinidad e Tobago (82,9%), Armênia (42,3%), Ruanda (21,5%), Kuwait (16,6%) e Taiwan (15,0%).

A indústria de transformação deve contribuir positivamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, previu Claudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Nos 12 meses encerrados em agosto, o PIB crescia 2,8%, com ajuda de uma alta de 1,9% acumulada pela indústria de transformação no período, segundo dados do Monitor do PIB da FGV.

“Está havendo essa demanda por bens industriais, um consumo de bens duráveis, graças à redução da taxa de juros. Há um aumento de renda, através de transferências do governo e da ampliação do emprego. Então, a indústria está reagindo bem, fez investimentos na importação de máquinas e equipamentos. Tem um conjunto de fatores que estão favorecendo a indústria”, relatou Considera.

O estudo do Iedi mostra que a indústria de transformação brasileira teve expansão semelhante à da média mundial em diferentes comparações.

No segundo trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2023, a produção do Brasil cresceu 2,9%, ante uma alta de 2,5% do total mundial. Na comparação com ajuste sazonal, a indústria de transformação brasileira aumentou sua produção em 0,9% no segundo trimestre de 2024 ante o primeiro trimestre de 2023, enquanto a média global foi de expansão de 1% no período. No acumulado do primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo semestre do ano anterior, a indústria de transformação brasileira cresceu 2,3%, ante uma elevação de 2,0% no total mundial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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