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Por Redação O Sul | 25 de junho de 2020
Empresas do setor metalmecânico e eletroeletrônico gaúcho registraram uma leve recuperação, sobretudo nos quesitos faturamento e nível de ocupação. A conclusão é de sondagem realizada pelo Sindicato das Indústrias Matalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Rio Grande do Sul (SINMETAL) que congrega mais de 5 mil estabelecimentos industriais que geram 100 mil empregos diretos em 412 municípios do Estado.
A consulta anterior, feita no final de abril, mostrava que as empresas estavam faturando apenas 50% do montante de fevereiro de 2020 em função da pandemia do Coronavírus. Este percentual subiu para 65% em meados de junho corrente, quando o nível de ocupação atingiu a 70%.
Segundo o diretor executivo da entidade, José Bernardo Scapini, os segmentos menos afetados até aqui são os que fornecem para a indústria de alimentos, higiene e limpeza e para o agronegócio e maquinário agrícola.
Já os mais afetados são os fornecedores para a cadeia automotiva, coureiro-calçadista, refrigeração e construção civil. A indústria automotiva e a construção civil são os setores que mais tempo ficaram parados, sobretudo as grandes empresas do centro do país.
Os empresários relataram, também, falta de previsão e perspectivas para a demanda do mercado a partir de julho e agosto, incluindo as vendas para o exterior.
Outro aspecto muito cobrado, principalmente pelas micro, pequenas e médias empresas, é a dificuldade de acesso ao crédito junto à rede bancária, não obstante o governo federal tenha criado programas a juros reduzidos.
A pesquisa apontou ainda que metade das empresas fizeram uso dos recursos de concessão/antecipação de férias, redução de jornada e suspensão de contrato de trabalho, além de adequação do quadro funcional através de demissões.
A grande maioria das empresas continua utilizando o Home Office para área administrativa e de vendas, modalidade que ganha cada vez maior força e que pode ter vindo para ficar.