Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2022
A prévia do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na Alemanha em agosto avançou 7,9%, conforme divulgou há pouco o instituto alemão de estatística Destatis. Já o CPI harmonizado cresceu 8,8% na base anual em agosto e 0,4% na relação de agosto com julho, a maior alta do índice em 40 anos.
O avanço significou uma aceleração, uma vez que em julho o crescimento foi de 7,5%. O resultado ficou acima do projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 7,8%. Na relação mensal, o índice subiu 0,3% em agosto depois de recuar 0,9% em julho.
Reparações
O governo ultranacionalista polonês estimou nesta quinta-feira o custo financeiro das perdas na Segunda Guerra Mundial em 1,3 trilhão de euros (R$ 6,8 trilhões) e anunciou que pedirá à Alemanha que negocie essas reparações. A soma equivale a mais de duas vezes a produção econômica anual da Polônia.
O valor foi apresentado pelo vice-primeiro-ministro Jaroslaw Kaczynski, líder do partido governista Lei e Justiça (PiS) e o político mais poderoso do país, no 83º aniversário da invasão de Adolf Hitler, que desencadeou a Segunda Guerra Mundial.
No discurso, Kaczynski afirmou que a Alemanha nunca compensou o país pelas atrocidades da guerra:
“A Alemanha invadiu a Polônia e depois nos causou sérias perdas. Não podemos simplesmente aceitar e seguir em frente, só porque alguém acredita que, de alguma forma, a Polônia está abaixo de outros países”, disse Kaczynski em uma pomposa cerimônia no Palácio Real reconstruído da capital, com a presença de altos funcionários do partido. “Não apenas preparamos um relatório, que é um documento aberto e certamente será concluído, mas também tomamos uma decisão, uma decisão sobre ações futuras: pedir à Alemanha que negocie essas reparações.”
De acordo com a Berlim, no entanto, Varsóvia renunciou a qualquer compensação em acordo com a então Alemanha Oriental em 1953, algo que os conservadores do PiS contestam. Na época, tanto a Polônia quanto a República Democrática da Alemanha (RDA) pertenciam ao bloco soviético. Hoje, em resposta ao vice-premier polonês, o governo alemão reiterou que a questão está “encerrada”.
“A posição do governo alemão não mudou”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Berlim. “A Polônia renunciou a essas reparações há muito tempo, em 1953, e confirmou várias vezes essa renúncia.”
O trabalho no relatório começou em 2017. Desde que chegou ao poder em 2015, o PiS sempre destacou a questão das reparações.
“A ocupação foi inacreditavelmente criminosa, inacreditavelmente cruel e causou efeitos que em muitos casos continuam até hoje”, disse o líder do PiS, que, porém, admitiu que não espera “um sucesso rápido” nas negociações.