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Economia Inflação desacelera, mas preços de alimentos seguem em alta: índice acumulado em 12 meses passou de 4,96% em fevereiro, para 5,26% em março

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Na prévia de março, reajuste do ovo de galinha chegou a 19,4%. (Foto: Reprodução)

Os preços dos alimentos continuam a pesar na inflação medida pelo IBGE. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado ontem, com uma prévia da inflação de março, mostrou que alimentos (com alta de 1,09%) e transportes (0,92%) foram os grupos de produtos e serviços que tiveram maiores reajustes. O ovo de galinha (com reajuste de 19,44%), tomate (12,57%) e café moído (8,53%) puxaram a lista de aumentos.

Pelo IPCA-15, a inflação acumulada em 12 meses subiu para 5,26%, ficando ainda mais distante da meta do Banco Central (BC) – com centro de 3% e margem de tolerância de até 4,5%. Durante apresentação de relatório com avaliações sobre a economia, a direção do BC voltou a expressar preocupação com a dinâmica dos preços.

A prévia da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA15) desacelerou de 1,23%, em fevereiro, para 0,64% em março, mas os preços dos alimentos continuaram a pesar no orçamento das famílias. Individualmente, produtos como ovos de galinha (com reajuste de 19,44% no período da pesquisa), tomate (12,57%) e café moído (8,53%) puxaram a lista.

O resultado fez a inflação acumulada em 12 meses acelerar pelo segundo mês consecutivo. Passou de 4,96%, em fevereiro, para 5,26% em março, ficando ainda mais distante da meta que precisa ser atingida pelo Banco Central – com centro de 3% e margem de tolerância de até 4,5%.

A direção do BC voltou a expressar preocupação com a atual dinâmica dos preços no varejo. Enquanto o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, se disse “incomodado” com a diferença entre a meta oficial e as projeções feitas pelo mercado, Diogo Guillen, diretor de Política Econômica, afirmou que a inflação deve estourar o teto da meta nos próximos meses.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic para 14,25% e indicou novo aumento na reunião marcada para maio. A projeção majoritária no mercado é de uma alta de 0,5 ponto porcentual, mas ainda não há consenso sobre o patamar final do aperto monetário no ano, dada a incerteza sobre a inflação e fatores como o impacto das tarifas que estão sendo anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

“Podemos dizer que o IPCA-15, como resultado mensal visto isoladamente, foi bom. Mostrou desaceleração com relação ao mês anterior e veio abaixo do esperado pelo mercado. Entretanto, as boas notícias acabam aí”, avaliou Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora de recursos G5 Partners, destacando que o acumulado do ano já chega a 1,99%, ante 1,46% no mesmo período do ano passado.

Pelos dados do IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram alta de preços em março, puxados por Alimentação (1,09%) e Transportes (0,92%) – respondendo por cerca de dois terços de todo o resultado. A alimentação para consumo no domicílio avançou 1,25%, ante 0,63% em fevereiro. Já a alimentação fora de casa subiu 0,66%: a refeição fora de casa aumentou 0,62%, enquanto o lanche avançou 0,68%.

Em Transportes, os combustíveis subiram 1,88%. Houve aumentos nos preços do etanol (2,17%), óleo diesel (2,77%), gás veicular (0,08%) e gasolina (1,83%). (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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