Sábado, 04 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2015
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), indicador muito utilizado no reajuste de contratos de aluguel, desacelerou de 1,17% em abril para 0,41% em maio, divulgou a FGV (Fundação Getulio Vargas). O resultado do IGP-M de maio ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados, que iam de 0,34% a 0,48%, e ligeiramente acima da mediana encontrada, de 0,40%.
A variação acumulada do IGP-M no ano é de 3,64% e, nos 12 meses até maio, de 4,11%. Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M (inflação do atacado) desacelerou de 1,41% em abril para 0,30% em maio. Na mesma base de comparação, o IPC-M (inflação do consumidor) passou de 0,75% para 0,68%. O INCC-M (inflação da contrução civil) recuou, ao sair de 0,65% para 0,45%.
A principal contribuição para a desaceleração registrada na inflação ao consumidor veio do grupo habitação. De abril para maio deste ano, habitação saiu de 1,42% para 0,75%, puxado pelo comportamento do item tarifa de eletricidade residencial (de 6,05% para 1,78%).
Influências de baixa
As maiores influências de baixa para o IPC na passagem de abril para maio foram tangerina (de 1,99% para -25,03%), gasolina (de -0,01% para -0,61%), mamão papaya (de 16,03% para -12,55%), alface (de 1,37% para -7,03%) e tarifa de telefone residencial (de -0,60% para -0,86%).
Pressão do câmbio
Se o dólar permanecer com o atual ritmo de alta, o câmbio poderá voltar a pressionar para cima o IGP-M. A avaliação é da equipe de análise econômica da Gradual Investimentos. Em parte, a desaceleração do indicador de preços da FGV neste mês aconteceu por conta do patamar mais baixo da moeda norte-americana em relação ao real. No período de coleta dos preços, o dólar operou em patamar bem mais baixo que os atuais 3,16 reais. Por vários dias, foi negociado abaixo dos 3 reais.
Principal peso
O principal peso para o menor ritmo de apreciação do indicador veio dos preços no atacado. A variação do IPA caiu de 1,41% em abril para 0,30%. Nesse resultado, predominou a queda nos preços dos alimentos in natura que são dolarizados. (AE)