Conhecido por reajustar o valor do aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) encerrou 2020 com a alta de 23,14%, segundo divulgou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (29). Foi o maior avanço do IGP-M desde 2002, quando o índice acumulou alta de 25,31%.
Ao longo deste ano, o IGP-M foi pressionado pela desvalorização do real em relação ao dólar e também pelo avanço dos preços das commodities. Entre os três componentes do índice, a maior alta foi observada para o produtor no acumulado de 2020.
Em dezembro, o IGP-M avançou 0,96%, o que representou uma desaceleração em relação ao observado em novembro (alta de 3,28%). O resultado deste mês foi influenciado por um queda no preço das matérias-primas, de acordo com o coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas, André Braz.
“As matérias-primas brutas caíram 0,74% em dezembro. As principais contribuições para este movimento partiram das commodities: soja (11,91% para -8,93%), bovinos (7,40% para -0,58%) e milho (21,85% para -2,17%)”, afirmou Braz por meio de nota.
“Os preços da soja e do milho seguem em alta em bolsas internacionais e tal movimento pode limitar a magnitude das quedas nas próximas apurações”, acrescentou
Apesar da forte alta do IGP-M em 2020, os analistas de mercado imobiliário dizem que há espaço para renegociar um aumento menor do valor do contrato diante do atual cenário de crise econômica.