Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2024
A Argentina, sob o comando do presidente ultraliberal Javier Milei, passa por um forte ajuste da economia.
Foto: ReproduçãoA inflação na Argentina desacelerou em junho e atingiu o menor patamar no ano, conforme dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec, na sigla em espanhol) publicados nesta quarta-feira (14). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou para 4%, ante 4,6% em junho.
A variação de preços se mostra estável desde maio, quando recuou para 4,2% — metade do registrado em abril —, em uma sequência de quedas desde o pico de 25,5% em dezembro do ano passado. No acumulado de 12 meses, o índice oficial da inflação argentina recuou para 263,4%, contra 271,5% no mês anterior. Foi o terceiro mês seguido de queda após a variação atingir 289,4% em abril.
Segundo dados do Indec, a queda no mês foi puxada pelo setor de restaurantes e hotéis (6,%), seguido por bebidas alcoólicas e tabaco (6,1%) e moradia, água, energia, gás e combustíveis (6%).
O setor de maior alta em julho foi o de Restaurantes e Hotéis (6,5%). Na sequência, ficaram Bebidas Alcoólicas e Tabaco (6,1%), Habitação, Água, Eletricidade, Gás e Outros Combustíveis (6%), Saúde (5,8%) e Recreação e Cultura (5,7%). A Argentina, sob o comando do presidente ultraliberal Javier Milei, passa por um forte ajuste da economia. O país vinha enfrentando uma forte recessão econômica, e o novo presidente promoveu um amplo corte de gastos públicos.
A consequência é uma intensificação da pobreza no país: são 12,3 milhões dos argentinos abaixo da linha da pobreza (41,7% da população), segundo o Indec. Outro problema está na atividade econômica. Com o ajuste promovido pelo governo, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina recuou 5,1% no 1º trimestre em comparação com o mesmo período de 2023.
Após tomar posse, em dezembro de 2023, Milei decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados. Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais.
Quando o incentivo foi retirado, houve um aumento expressivo nos preços ao consumidor. Mas, logo no primeiro trimestre deste ano, o presidente conseguiu o primeiro superávit desde 2008. O objetivo de Milei é alcançar o “déficit zero” para o fim de 2024.