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Por Redação O Sul | 10 de outubro de 2017
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) subiu em seis das sete capitais pesquisadas pela FGV (Fundação Getulio Vargas) na primeira semana de outubro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10).
Em Porto Alegre, a inflação para o consumidor registrou variação de 0,02% no período. O resultado foi 0,26 ponto percentual superior ao divulgado na quarta semana de setembro. Nesta edição, sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração em suas taxas de variação na Capital gaúcha, entre as quais se destacam os grupos vestuário e habitação, cujas taxas passaram de 0,28% para 0,84% e de -0,93% para -0,42%, respectivamente.
Além de Porto Alegre, o IPC-S também subiu em Salvador (0,17% para 0,28%), Belo Horizonte (0,22% para 0,36%), Recife (0,27% para 0,34%), Rio de Janeiro (-0,21% para -0,10%) e São Paulo (-0,04% para 0,20%). A inflação para o consumidor recuou apenas em Brasília (0,20% para 0,19%).
No geral, de acordo com a FGV, o IPC-S registrou variação de 0,14% na primeira semana deste mês, 0,16 ponto percentual acima da taxa divulgada na última apuração.
Mercado de trabalho
O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), também divulgado pela FGV nesta terça-feira, avançou 2,4 pontos em setembro, alcançando 100,6 pontos, o maior nível da série histórica, iniciada em junho de 2008. Parte do bom resultado pode ser atribuído à base muito fraca de comparação após dois anos em que o País registrou números negativos de emprego. No ano, o indicador acumula ganho de 10,6 pontos.
“Os melhores dados da atividade econômica sustentam o otimismo dos empresários para a retomada de contratações nos próximos meses. A perspectiva de um crescimento maior do que o esperado anteriormente, para 2017 e 2018, reforça este otimismo. O emprego deve continuar avançando nos próximos meses”, afirmou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho.
Após duas altas consecutivas, o ICD (Indicador Coincidente de Desemprego) recuou 0,5 ponto, em setembro, para 97,6 pontos. “A elevada taxa de desemprego se reflete no elevado nível do ICD, próximo do máximo da série. Apesar da tendência de queda do desemprego, este deve continuar em níveis elevados nos próximos meses. O ICD mostra este mercado de trabalho ainda difícil, mas com tendência de melhora”, prosseguiu Barbosa Filho.
A alta do IAEmp em setembro ocorreu em seis dos sete indicadores que o compõe, com destaque para os que medem o grau de satisfação com a situação dos negócios no momento atual, da sondagem de serviços, e o de expectativa com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes, da sondagem do consumidor, com variação de 7 e 5,3 pontos, na margem, respectivamente.
As classes que mais contribuíram para a queda do ICD foram as dos grupos de consumidores que auferem renda familiar mensal entre R$ 4.100 e R$ 9.600 e que estão acima de R$ 9.600, cujo indicador de percepção de dificuldade de se conseguir emprego recuou 0,5 e 2,1 pontos, respectivamente.