Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2017
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de -0,02% na quarta semana de setembro, 0,05 ponto percentual acima da taxa registrada na última apuração. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 2,31% no ano e de 3,17% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (02) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo alimentação (-0,72% para -0,48%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -10,65% para -7,31%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos educação, leitura e recreação (0,29% para 0,50%), vestuário (0,26% para 0,64%), despesas diversas (0,12% para 0,35%) e comunicação (-0,05% para -0,02%).
Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens salas de espetáculo (-0,57% para -0,42%), roupas (0,34% para 0,93%), cigarros (0,37% para 0,72%) e tarifa de telefone residencial (-0,13% para -0,03%).
Em contrapartida, os grupos habitação (-0,27% para -0,40%), transportes (0,58% para 0,50%) e saúde e cuidados pessoais (0,30% para 0,27%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens tarifa de eletricidade residencial (-2,03% para -3,31%), tarifa de ônibus urbano (-0,44% para -1,21%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,19% para -0,52%).
Confiança empresarial
O ICE (Índice de Confiança Empresarial) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,3 ponto em setembro, para 87,3 pontos. Após a terceira alta consecutiva, o índice atinge o maior nível desde dezembro de 2014 (87,6 pontos).
“O bom resultado do ICE em setembro mostra que a recuperação da economia ganha força, se dissemina entre os diferentes setores e se sobrepõe aos ruídos do ambiente político, responsáveis pela rateada do índice em junho. Um bom sinalizador de consistência da atual tendência de alta da confiança empresarial é a lenta mas contínua melhora da percepção sobre as condições correntes do ambiente de negócios”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas públicas da FGV.
O Índice de Confiança Empresarial consolida os índices de confiança dos quatro macrosetores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pela FGV: indústria, serviços, comércio e construção. Considerando-se os dois horizontes de tempo da pesquisa, a maior contribuição para o aumento da confiança empresarial em setembro foi dada pelo ISA-E (Índice de Situação Atual), que cresceu 1,2 ponto em relação ao mês anterior, alcançando 82,9 pontos, enquanto o IE-E (Índice de Expectativas) avançou 1 ponto, para 93,8 pontos.
Este foi o terceiro mês consecutivo em que o ISA-E avançou mais que o IE-E, levando a distância entre os dois indicadores a recuar para 10,9 pontos, menor desde maio de 2016 (6,4 pontos). A maior distância entre os dois indicadores continua sendo observada no setor da construção (23,0 pontos), seguido por comércio (11,2), serviços (8,4), e indústria (4,3).
Em setembro, a confiança avançou em todos os grandes setores. A maior contribuição para a alta de 1,3 ponto do ICE no mês foi dada pelo comércio (0,6 ponto), seguida pelo setor de serviços (0,5 ponto). A indústria e a construção contribuíram com 0,1 ponto cada.